Depois das manifestações populares que tomaram as ruas pelos quatro cantos do país, uma das constatações foi a de que a internet é o canal de informação mais utilizado pelos jovens. Segundo recente pesquisa do Ibope,
92% deles navegam pelas redes sociais; 67% veem ou baixam vídeos e 75% expressam opiniões sobre assuntos gerais nas páginas da web. É, sem dúvida, a marca da nova geração.
A internet trouxe e continua trazendo novas formas de comunicação. Começou pelo e-mail, depois se popularizou com os comunicadores instantâneos, salas de bate-papo, redes sociais, blogs e não se sabe ao certo aonde pode chegar.
De qualquer forma, a rede barateou a comunicação e encurtou as distâncias. O internauta de São Paulo não encontra dificuldade para contatar um amigo no Acre ou na Nova Zelândia. As empresas também tiveram um ganho substancial,
já que podem realizar reuniões virtuais também chamadas de conference call , com participantes em qualquer parte do país e do mundo.
Dentro desse papel de facilitador da comunicação entre pessoas e povos, a internet consegue atingir os cantos mais longínquos, tornando as informações mais acessíveis e democráticas. Um exemplo são os cursos de educação à distância que o CIEE promove. Os números são impressionantes: já atingiram mais de dois milhões de matrículas, com alunos espalhados por todos os estados.
Os cursos à distância permitem que o estudante que esteja no interior da Amazônia possa realizar as mesmas atividades e ter o mesmo conteúdo programático que um jovem matriculado nos grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro. Nesse caso, a inclusão digital se faz muito necessária para combater um mal ainda mais perverso, que é a exclusão social. Quanto maior acesso à internet, mais informação e mais oportunidades a web oferece. No entanto, não basta estar conectado. É preciso usar a rede com responsabilidade, explorando o que ela tem de melhor: as portas abertas para o conhecimento. Com a web, a educação deixa de ser privilégio de poucos para se espalhar por espaços sem fronteiras e sem sotaques.
*Luiz Gonzaga Bertelli é presidente Executivo do Centro de Integração
Empresa-Escola (CIEE), da Academia Paulista de História (APH) e diretor da
Fiesp.