Em meio à grave crise aérea detonada pela covid-19, com fechamento de fronteiras e medidas sanitárias para não propagação do vírus, o fretamento tornou-se uma das poucas alternativas para quem precisou viajar ou transportar cargas por avião. De março a agosto apenas 10% dos voos comerciais continuaram em atividade no Brasil, ou seja, 90% das ofertas de voo internas e daqui para o exterior desapareceram do mercado.
Em uma situação normal um voo fretado é requisitado por altos executivos, políticos e personalidades que precisem agilizar seu tempo de deslocamento, por exemplo, ou para o turismo de luxo, mas com a pandemia tornou-se essencial.
A diretora da Air Charter Service para a América do Sul, Ana Benavente, que fica na sede da empresa em São Paulo, explica que com a Pandemia inicialmente houve um boom de repatriamento. “Em um primeiro momento houve uma grande procura de multinacionais para que fossem retirados funcionários do exterior e encaminhados para seus países de origem, para casa”. Logo em seguida, com a curva da pandemia crescendo aceleradamente, veio então uma alta demanda por transporte de cargas essenciais, principalmente equipamentos de proteção individual – EPIs e testes”. Segundo Benavente o fretamento de cargas foi o grande responsável pelo aumento dos negócios para a empresa. Desde março foram fretados inúmeros voos para transporte de EPIs e outros insumos importados, principalmente da China. Em apenas 5 meses já havíamos fretado mais que em todo o ano de 2019″. Globalmente a empresa transportou 25 mil toneladas de cargas e repatriou mais de 20 mil passageiros desde o início da pandemia.
Já para o setor de turismo propriamente dito, o fretamento teve queda significativa. “Com muitas incertezas, fronteiras fechadas e a ameaça do vírus, era lógico que este movimento fosse cair. A nossa maior demanda para pessoas físicas foi de clientes que moram ou têm residência fora do Brasil, vieram para cá no início da pandemia e voltaram para suas residências em voos fretados. Outros estão deixando o Brasil com medo da Covid-19 e partindo para países já controlados”.
Segundo a executiva, no pós-pandemia esse cenário dos fretados para turismo pode continuar até a chegada de uma vacina. “Estamos assistindo a reabertura de hotéis e pousadas, vamos ver como será o novo comportamento. As pessoas estão querendo viajar para lugares mais isolados, com empresas que sigam protocolos, optando por serviços que ofereçam mais controle na contenção do vírus. Será a vez dos destinos paradisíacos, com muita privacidade “.
Um voo fretado tem toda questão de otimização de tempo, conforto, privacidade e segurança, com higienização adequada e menos risco de se contrair o vírus em aeroportos. Em dois dias é possível levantar um voo para o exterior e para deslocamento entre Estados o tempo cai para algumas horas. O fretamento é muito ágil.
Apesar de todas as facilidades que um voo fretado traz, Ana Benavente levanta a questão do cuidado com o investimento. “Voar através de fretamento, seja como meio de locomoção ou para transportar cargas, tem um custo isolado alto. A instabilidade do setor, com tantas empresas aéreas fechando, cancelando voos em cima da hora, faz com que o mercado esteja em alerta. A Air Charter Service tem solidez financeira para arcar com essa responsabilidade de atender os clientes. Temos este lastro importantíssimo nesse momento”, conclui a executiva.
A empresa é uma gigante do setor. Foi fundada em 1990, no Reino Unido e hoje conta com 27 escritórios em 6 continentes. Está presente no Brasil desde 2011.
Website: https://www.aircharter.com.br/