Economia dos estados com a Nova Previdência poderá chegar a R$ 350,66 bilhões em 10 anos
Projeção da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia prevê uma economia de R$ 350,66 bilhões para estados e Distrito Federal nos próximos 10 anos com a Nova Previdência.
Deste total, R$ 299,02 bilhões correspondem ao que as unidades da federação deixarão de gastar com pagamentos de aposentadorias, pensões e demais benefícios dos servidores estaduais e R$ 51,64 bilhões com policiais militares e bombeiros.
A economia é consequência das alterações nas novas regras de cálculo para os benefícios, nas alíquotas de contribuição e no tempo de atividade dos servidores previstas na proposta de emenda à Constituição que tramita na Câmara dos Deputados.
Cálculo é da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia com base no que deixará de ser gasto com aposentadorias, pensões e benefícios de servidores e militares
Pelo texto, as mudanças valerão tanto para os funcionários da União quanto para os dos estados.
O mesmo ocorrerá com as carreiras militares estaduais, que, de acordo com projeto de lei apresentado pelo governo, deverão seguir as regras das Forças Armadas.
Economia – No Sudeste, a estimativa é de que essa economia possa chegar a R$ 134,38 bilhões em 10 anos.
No Nordeste, o valor é R$ 76,24 bilhões; no Sul, R$ 53,89 bilhões; no Centro-Oeste, R$ 50,47 bilhões e no Norte, R$ 35,68 bilhões (confira tabela abaixo).
Os Estados estão deficitários
Para o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, a aprovação da Nova Previdência vai contribuir para equilibrar as contas dos estados.
“O modelo em que estamos ruiu.
Estados e municípios têm dificuldades de prover necessidades básicas da população, de educação, de segurança, de infraestrutura.
O orçamento é gasto com o pagamento de salários, aposentadorias e benefícios”, afirmou.
Projeção de Economia nos Estados (em bilhões de reais)
Os demais possuíam um déficit que, somado, chegava a R$ 90 bilhões anuais.
Déficit – O secretário especial adjunto de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, acrescenta que o valor que os governos estaduais deixarão de gastar a partir da Nova Previdência poderá, em alguns casos, sanar seus déficits previdenciários.
De acordo com dados do final de 2018, apenas quatro estados fecharam o com saldo previdenciário positivo: Amapá, Roraima, Rondônia e Tocantins.
“Mais da metade do que o Brasil arrecada vai para a Previdência, e isso só cresce.
São imposições demográficas, despesas obrigatórias, e o Brasil acaba não investindo”, observa Bianco.