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Reflorestamento Projeto VERENA viabiliza com espécies nativas

por Paulo Fernandes Maciel
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O projeto VERENA comprova viabilidade econômica do reflorestamento com espécies nativas e sistemas agroflorestais.

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Projeto VERENA viabiliza reflorestamento com espécies nativas

Inédito no Brasil, a iniciativa cria modelo aplicável para projetos de reflorestamento contribuírem para meta de clima.
O Brasil se comprometeu a restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares até 2030;

Como parte de sua meta climática no Acordo de Paris.

Isso significa que é preciso dar escala a projetos de reflorestamento de espécies nativas e de sistemas agroflorestais, que precisam ser rentáveis para atrair investimentos.
“Poucos países têm a vocação florestal do Brasil e é possível olhar para este tema na lógica das oportunidades de negócio”;

Afirma Miguel Calmon, diretor de Florestas do WRI Brasil.

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Projeto VERENA viabiliza reflorestamento Mogno (Foto ClaudioPontes)

O que é

O Projeto VERENA (Valorização Econômica do Reflorestamento com Espécies Nativas) mostra que o reflorestamento com espécies nativas é economicamente competitivo.

Uma ferramenta gratuita foi desenvolvida para calcular se um projeto de reflorestamento ou sistema agroflorestal (SAF) é viável;

Ou seja, se equilibra capital financeiro e natural e oferece oportunidades de negócio e emprego no meio rural.

A iniciativa analisou nos dois últimos anos a viabilidade técnica e econômica do reflorestamento com espécies nativas;

E também os benefícios sociais e ambientais, de 12 estudos de caso em propriedades na Amazônia, cerrado e Mata Atlântica.
“Para tomar uma decisão, os investidores precisam ter mais informação sobre risco e retorno.

As espécies arbóreas nativas brasileiras existem há milhares de anos e já protagonizam experiências comerciais bem-sucedidas, mas não no mercado de capitais.

Estudos de caso são importantes para a criação de um histórico de práticas e para diminuir a percepção de risco”;

Destaca Alan Batista, Analista de Investimentos do WRI Brasil.

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Projeto VERENA viabiliza reflorestamento – Sucupira (Foto claudio-pontes)

Investimento em reflorestamento

Em sua maioria, os casos estudados pelo VERENA necessitam de maior investimento por hectare e tempo para recuperar o retorno do investimento, se comparados ao setor agropecuário e florestas plantadas.

No caso do payback, o tempo maior se deve ao maior ciclo de colheita das espécies arbóreas nativas.

Se diversificado, é possível mitigar riscos ambientais (estiagens, secas, etc) e de variação de preços.
A análise conjunta dos 12 estudos de caso mostra que, em média, o retorno dos ativos é maior (16%) para o reflorestamento com espécies nativas e SAFs do que a média da agricultura e silvicultura com pinus e eucalipto (13%).

A análise conjunta também indica que o retorno médio do investimento nos 12 estudos casos do VERENA leva 16 anos frente a 12 anos nos casos estudados da agricultura e silvicultura com espécies exóticas.

“Estatisticamente, o retorno médio dos ativos e do investimento são equivalentes nos casos comparados à agricultura e silvicultura.

 

Espécies nativas no reflorestamento

 

Isso significa que apostar no reflorestamento com nativas e SAFs é um bom negócio”, salienta Alan.
Além da contribuição para o alcance da meta climática, o investimento em restauração e reflorestamento com espécies nativas e sistemas agroflorestais;

Contribui para o cumprimento do Código Florestal Brasileiro (CFB).

É o caso do uso econômico da Reserva Legal (RL).

Grande parte dos ativos estudados pelo VERENA são compatíveis com o manejo sustentável em RL.

As análises do projeto indicam outras oportunidades de negócio com sistemas produtivos integrados.

É exemplo a integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF), que possibilita o plantio de culturas anuais paralelamente ao plantio de espécies nativas.
O Projeto VERENA é liderado pelo WRI Brasil em parceria com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e tem o apoio da Children’s Investment Fund Foundation (CIFF).

Mais de 50 parceiros participaram dos primeiros dois anos de trabalho.

 

Agroecologia protege o meio ambiente

A produção agroecológica é fundamental para barrar a degradação do Cerrado, de acordo com a presidente do Congresso Brasileiro de Agroecologia.

“Ela não esgota nascentes, pelo contrário, permite a recuperação dos recursos hídricos.

A agroecologia tem diálogo direto com a recuperação da biodiversidade”;

Defende a pesquisadora da Embrapa Mariane Vidal.
Os benefícios trazidos por esse modelo de produção rural, como aumento da umidade e produção de solo fértil, são fundamentais para o enfrentamento de problemas ambientais.

Ele representa também o caminho viável para combater a degradação do bioma;

Segundo o secretário do Meio Ambiente, André Lima.
Marco legal fortalece agroecologia e produção orgânica no DF
“Por meio da agroecologia, é possível produzir e gerar renda.

Com isso, atribui-se valor econômico, para além do caráter contemplativo, ao Cerrado”, defende.

A pasta participa dos encontros em oficinas e mesas de debate sobre os incentivos à implementação de agroflorestas no Distrito Federal.
O Brasil é referência na definição de políticas públicas para agroecologia A Lei Federal nº 10.831,

Sobre o WRI Brasil

O WRI Brasil é uma organização sem fins lucrativos, focada em pesquisa e aplicação de;

Metodologias, estratégias e ferramentas voltadas às áreas de clima, florestas e cidades.

Atua em estreita colaboração com as lideranças locais;

Para proteger o meio ambiente e criar soluções que contribuam para a prosperidade do Brasil de forma inclusiva e sustentável.

Projeto VERENA de reflorestamento

 

O Projeto VERENA — de Valorização Econômica do Reflorestamento com Espécies Nativas — nasceu em 2015.

Teve como fundadores o empresário Roberto Waack, o WRI Brasil e a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

As duas organizações lideram atualmente a iniciativa, que conta com apoio financeiro da Children’s Investment Fund Foundation (CIFF).

Um dos seus objetivos é demonstrar a viabilidade técnica e econômica da restauração e do reflorestamento com espécies nativas em larga escala, destacando os benefícios sociais e ambientais da atividade.

Insere-se no contexto da contribuição brasileira para a solução do desafio climático, com foco na ampliação da cobertura florestal em áreas degradadas e no fortalecimento da economia florestal e de baixo carbono.

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