Por Jennifer Langston, escritora, Microsoft Stories
Desde que a OpenAI, uma empresa de pesquisa e implantação de IA, introduziu sua inovadora plataforma de modelo de linguagem natural GPT-3 no ano passado, os usuários descobriram inúmeras coisas que esses modelos de IA podiam fazer com sua avançada e abrangente compreensão da linguagem.
Por exemplo, uma franquia de esportes que está desenvolvendo um novo aplicativo para interagir com os fãs durante os jogos poderia utilizar a capacidade dos modelos de resumir informações de forma rápida para converter transcrições de comentários de televisão ao vivo em destaques e análises de jogos que alguém pode optar por incluir no aplicativo.
A equipe de marketing poderia utilizar a capacidade do GPT-3 para gerar conteúdo original e sua compreensão do que está acontecendo no jogo para ajudar a equipe a debater ideias para redes sociais ou postagens em blog e interagir com os fãs com mais rapidez.
Em sua conferência Ignite hoje, a Microsoft anunciou que esse modelo ajudará seus clientes a descobrir esses tipos de experiências com o novo Serviço OpenAI do Azure, que permite acesso à API do OpenAI por meio da plataforma Azure e inicialmente estará disponível apenas por convite. O novo Serviço Cognitivo do Azure dará aos clientes acesso aos modelos avançados de GPT-3 da OpenAI, além de oferecer segurança, confiabilidade, conformidade, privacidade de dados e outros recursos de nível empresarial integrados ao Microsoft Azure.
A Microsoft também oferecerá aos clientes do Serviço OpenAI do Azure novas ferramentas para ajudar a garantir que os resultados do modelo sejam apropriados para seus negócios e monitorará como as pessoas estão empregando a tecnologia para ajudar a garantir que ela esteja sendo usada para os fins pretendidos.
“Estamos apenas começando a descobrir qual é a força e o potencial do GPT-3, que é o que torna isso tão interessante”, disse Eric Boyd, vice-presidente corporativo da Microsoft, IA do Azure. “Agora estamos pegando o que a OpenAI lançou e disponibilizando com todas as promessas empresariais de que as empresas precisam para passar para a produção.”
Construído pela OpenAI, o GPT-3 é parte de uma nova classe de modelos que podem ser personalizados para lidar com uma grande variedade de casos de uso que demandam um conhecimento profundo da linguagem, da conversão da linguagem natural em código de software à síntese de grandes quantidades de texto e geração de respostas a perguntas.
Segundo, o CEO da OpenAI, Sam Altman, à medida que mais pessoas conseguem acessá-los e usá-los, os modelos se tornam ainda mais capazes. Sam espera ansiosamente pelo dia em que será possível dizer a um computador o que você quer usando uma linguagem simples (mesmo que a solicitação seja confusa como “encontre o documento de estratégia que não me lembro do nome, mas que foi escrito há três anos e tem uma imagem”) e o software será capaz de executar essa solicitação.
“O GPT-3 realmente provou ser o primeiro modelo avançado e de uso geral de linguagem natural; ele é um modelo que você pode usar para todas essas coisas, que os desenvolvedores adoram por permitir que você teste as coisas com muita facilidade”, disse Altman. “Já faz um tempo que queríamos descobrir uma maneira de escaloná-lo da forma mais ampla possível, o que faz parte do que realmente nos anima sobre a parceria com a Microsoft.”
Embora o GPT-3 esteja disponível publicamente desde o ano passado por meio de uma API gerenciada pela OpenAI, alguns clientes em potencial precisaram de camadas adicionais de segurança, gerenciamento de acesso, rede privada, proteções de gerenciamento de dados ou capacidade de escalonamento, que serão oferecidas pelo Serviço OpenAI do Azure.
O novo Azure OpenAI Service dará aos clientes acesso aos poderosos modelos GPT-3 de linguagem natural da OpenAI – com a segurança, confiabilidade e recursos empresariais do Microsoft Azure. O Azure OpenAI Service pode ajudar os desenvolvedores que trabalham para uma franquia de esportes a criar um aplicativo convertendo a linguagem em código de software e, em seguida, analisar transcrições de comentários de televisão ao vivo para oferecer resumos de jogos para o aplicativo e também gerar ideias para postagens de blog e outros conteúdos escritos para fãs.
Outras empresas que já usam a API e querem colocar essas ideias em uso comercial poderão executar essas soluções na infraestrutura global do Azure para atender às suas necessidades de produção, incluindo requisitos críticos de segurança, conformidade, desempenho, confiabilidade e escala.
“Acredito nas pessoas fazendo o que elas são boas em fazer”, disse Altman. “Isso nos permite casar todos os benefícios que os clientes do Azure passaram a esperar de segurança e conformidade e sua enorme pegada com todas as coisas que as pessoas adoram no GPT-3.”
Os usuários também podem ensinar facilmente os modelos (que já aprenderam nuances da linguagem ao absorver padrões em bilhões de páginas de texto publicamente disponível) para atender às necessidades específicas da empresa usando seus próprios dados. Em um processo conhecido como “aprendizado de poucas tentativas”, os usuários só precisam mostrar aos modelos alguns exemplos dos tipos de saídas, respostas ou código que querem que ele gere.
“É realmente um novo paradigma onde este modelo muito grande agora é a própria plataforma. As empresas podem simplesmente usá-lo e dar a ele alguns exemplos e conseguir os resultados de que precisam sem precisar de toda uma equipe de ciência de dados e milhares de GPUs e todos os recursos para treinar o modelo”, disse Boyd, da Microsoft. “Acho que é por isso que vemos o enorme interesse em torno das empresas que querem usar o GPT-3, ele é muito potente e simples.”
Os potenciais usos empresariais do GPT-3 variam de resumir reclamações comuns em logs de serviço de atendimento ao cliente a ajudar os desenvolvedores a codificar mais rapidamente sem ter que parar e pesquisar exemplos ou gerar novos conteúdos, como pontos de partida, para postagens em blog, disse Dominic Divakaruni, gerente de produtos do grupo Microsoft que lidera o OpenAI do Azure.
“Ele ajuda a acelerar o processo de escrita criativa, ajuda você a extrair insights de uma grande quantidade de texto e seus recursos de geração de código são um ótimo exemplo dos novos tipos de valor de negócios que esses modelos proporcionam”, disse Divakaruni. “Todos os dias os clientes descobrem coisas novas sobre o que o serviço pode proporcionar para eles”.
O Serviço OpenAI do Azure é a mais recente oferta que surge de uma parceria entre a Microsoft e a OpenAI que visa acelerar as novidades em IA, desde o desenvolvimento conjunto do primeiro supercomputador no Azure até a comercialização de novas tecnologias de IA.
A Microsoft, que tem uma licença para a tecnologia GPT-3 que permite à empresa integrá-la em seus próprios produtos, está usando o Serviço OpenAI do Azure para levar essas inovações de linguagem natural aos clientes em grande escala.
No início deste ano, por exemplo, a Microsoft começou a usar o GPT-3 no Microsoft Power Apps para ajudar pessoas que não têm codificação ou programação de criação de aplicativos em segundo plano transformando comandos de linguagem simples em fórmulas.
Isso nos permite combinar todos os benefícios que os clientes do Azure esperam em segurança e conformidade e sua pegada massiva com todas as coisas que as pessoas amam no GPT-3.
A GitHub, subsidiária da Microsoft, e a OpenAI também introduziram o Copilot, uma ferramenta que usa um novo modelo baseado no GPT-3 chamado Codex, que ajuda os desenvolvedores de software a escrever código de forma mais eficiente e evitar tarefas repetitivas com a conclusão de código e sugestões automáticas.
O Serviço OpenAI do Azure agora oferecerá aos clientes acesso direto ao GPT-3 em um formato projetado para ser intuitivo o suficiente para os desenvolvedores utilizarem, mas robusto o suficiente para os especialistas em machine learning trabalharem com os modelos como desejarem.
“Como esses modelos de linguagem grandes são treinados em grandes quantidades de dados da Internet, que podem incluir tudo, desde linguagem vulgar até estereótipos raciais e informações de identificação pessoal, é importante oferecer proteções aos clientes corporativos para ajudar a evitar que a tecnologia seja usada para fins prejudiciais ou gerar resultados indesejados”, disse Sarah Bird, líder de IA responsável pela IA do Azure da Microsoft.
É por isso que a Microsoft inicialmente disponibilizará o Serviço OpenAI do Azure por convite aos clientes que planejam implementar casos de uso bem definidos que incorporem princípios e estratégias responsáveis para usar a tecnologia de IA. “As colaborações com esses primeiros clientes ajudarão a Microsoft a ver como suas proteções de IA responsáveis estão funcionando na prática e a fazer os ajustes necessários”, disse Bird.
Como parte do Serviço OpenAI do Azure, a Microsoft oferecerá novas ferramentas para filtrar e moderar o conteúdo das solicitações e respostas dos usuários para ajudar os modelos a trabalhar de forma eficaz em todos os aplicativos. Os clientes poderão personalizar esses filtros de acordo com suas necessidades de negócios, uma vez que o idioma apropriado para um personagem de videogame poderá ser diferente das comunicações destinadas aos executivos corporativos.
Bird também disse que a Microsoft fornecerá monitoramento e análise de segurança para identificar possíveis casos de abuso ou uso indevido e para ajudar os clientes a garantir que seus próprios usuários estejam implantando a tecnologia para os fins pretendidos.
Além disso, a Microsoft fornecerá orientação aos clientes em relação ao uso da tecnologia de forma certa e justa, como manter as pessoas informadas para avaliar se o conteúdo ou código que o modelo está produzindo é de alta qualidade.
“Esperamos aprender com nossos clientes e esperamos que as áreas de IA responsáveis sejam lugares onde aprendemos as coisas que precisam de mais polimento”, disse Boyd, da Microsoft. “Esta é uma área realmente crítica para a IA em geral e, com o GPT-3 ultrapassando os limites do que é possível com a IA, precisamos ter certeza de que estamos exatamente na vanguarda para garantir que estamos usando-o de forma responsável”.
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