A Mata Atlântica, ao mesmo tempo em que é uma das florestas que mais abrigam espécies de plantas, é também uma das que mais estão destruídas. Cerca de 92% deste bioma já desapareceu, e o que resta resiste bravamente em meio ao desmatamento para urbanização e agropecuária sem planejamento.
A flora arbórea do Brasil é a mais diversificada do mundo. No entanto, a exploração dos recursos florestais vem ocorrendo em um ritmo muito acelerado, de forma que espécies vegetais de grande valor estão em vias de extinção, assim como representantes de toda a fauna associada a estas espécies.
A diversidade de espécies vegetais nativas em nossas matas contribui como abrigo a toda fauna. Além disso, a fauna beneficia-se dos frutos que são regularmente distribuídos ao longo de todo o ano, como suprimento alimentar e em contrapartida, desempenha papel preponderante, como agente polinizador ou disseminador de sementes que contribuem para a propagação das espécies vegetais.
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Árvores da Mata Atlântica
Gralha azul e a árvore Araucária
O paraná-pine (Araucaria angustifolia), presente de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul, em altitudes superiores a 500-900 m, produz frutos consumidos por várias espécies da fauna. A gralha-azul, uma ave que esconde os frutos no solo para depois consumi-los, realiza seu plantio involuntariamente.
A árvore conhecida como urucum (Bixa orellana), destaca-se por apresentar sementes tintoriais e condimentares, sendo muito utilizada pelos índios da Amazônia para tingir a pele, como repelente de insetos e para rituais religiosos. Esta árvore está presente na região amazônica até a Bahia e também na floresta pluvial, ao longo de rios. Seus frutos são consumidos pelo homem e por outros animais, que contribuem para sua disseminação.
Árvore andá-assu: óleo medicinal
Presente na floresta da encosta atlântica, a árvore conhecida como andá-assu (Joannesia princeps) desempenha um papel importante na alimentação da fauna, com frutos grandes e pesados. As sementes produzem óleo, que pode ser usado para fins medicinais e industriais, em substituição ao óleo de linhaça.
Uma árvore comum à Mata Atlântica e ao Cerrado, conhecida como tabocuva ou sapateiro (Pera glabrata), ocorrendo de Minas Gerais até Santa Catarina produz frutos de outubro a janeiro, apreciados por pássaros.
Uma planta espinhenta, conhecida como branquilho (Sebastiania commersoniana), ocorre em florestas aluviais ao longo de rios e regatos, principalmente nas regiões de altitude, de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul e atrai abelhas.
Frutos apreciados por morcegos
A árvore, de nome popular alecrim (Holocalyx balansae), produz frutos apreciados por morcegos, muito embora seus ramos e folhas sejam tóxicos. Ocorre de São Paulo ao Rio Grande do Sul.
Anadenanthera colubrina (angico-branco) produz flores melíferas de novembro a janeiro; ocorre em altitudes superiores a 400 m, do Maranhão até o Paraná, incluindo o estado de Goiás.
A árvore conhecida como ingá-do-brejo (Inga vera) ocorre exclusivamente na beira de rios, desde São Paulo até o Rio Grande do Sul, produzindo frutos comestíveis e muito apreciados por animais.
Coqueiro
O coqueiro (Cocos nucifera), cuja verdadeira origem é discutível, parece ser nativo da costa atlântica do Brasil, desde o Pará até São Paulo, principalmente do Rio Grande do Norte até a Bahia. Seus frutos são consumidos de várias formas em todo o país e no mundo, sendo a água proveniente do coco verde e a amêndoa, do coco maduro, esta última industrializada para obtenção de gordura, manteiga e coco ralado; coco é muito cultivado em todo o país, mas necessita de ambientes mais salinos para se desenvolver melhor. É consumido também pela avifauna.
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