Frente à recente pandemia de coronavírus, um país do sul Europeu ganhou destaque internacional pelo seu bom desempenho: Portugal, o destino de sonho de tantos brasileiros. Tendo visto a situação da vizinha Espanha e da tão afetada Itália, o país aprendeu rapidamente a lição e tomou medidas para evitar que a história se repetisse em solo nacional.
O estado de alerta passou a vigorar em 13 de março, antes mesmo da primeira morte por COVID-19 acontecer e com pouco mais de 100 casos da doença contabilizados. Em 19 de março, com apenas um óbito registrado, Portugal entrou no estado de emergência e as primeiras restrições foram impostas à população. Há de se destacar a adesão dos portugueses: majoritariamente disciplinados, os cidadãos iniciaram suas quarentenas antes mesmo que fosse solicitado pelo governo e assim permanecem até hoje, cautelosos mesmo durante período de desconfinamento.
Com isso, Portugal conseguiu o que parecia impossível: evitou o colapso do seu sistema de saúde, achatou a curva de contaminação e, em 4 de maio, apenas um mês e meio após a declaração do estado de emergência, iniciou o retorno às atividades produtivas dos setores que haviam sido suspensos. O “milagre português”, como foi referido na imprensa internacional, seguiu pela primeira semana de abertura, quando a transmissão diária da doença exibia números inferiores a 1%.
O plano do governo português para a volta às atividades termina apenas em 1º de junho, quando todos os tipos de comércio e serviços estarão abertos ao público, mesmo que com uso obrigatório de máscaras e restrições na capacidade de cada espaço fechado. Até lá, a recomendação governamental é clara: respeitar as regras de higiene para que não seja necessário dar um passo atrás de volta à quarentena.
A prontidão em agir diante da pandemia do coronavírus, porém, não protegeu Portugal da crise econômica. Segundo a previsão da Comissão Europeia para o país, o PIB lusitano deve ter uma queda de 6,8% em 2020, um número impressionante para uma nação que estava superando suas expectativas de crescimento ano após ano. Esse valor se explica majoritariamente por conta da redução nas receitas do setor de turismo e de serviços, que são fortes motores da economia portuguesa.
Ainda assim, Portugal se destaca em relação à zona do euro, que deve sofrer um impacto avaliado em 7,7% em perda de PIB para este ano. E se a queda é rápida, a retomada também é – as projeções de Bruxelas preveem que já em 2021, 5,8% do PIB lusitano tenha se recuperado da coronacrise. Por conta do seu custo acessível, a tendência é que o turismo português se recupere rapidamente, com auxílio dos visitantes vindos de todas as partes da Europa.
Para os brasileiros que já pensavam em imigrar, a conduta portuguesa durante a pandemia serviu como um incentivo e um sinal de que esse é o momento para ir atrás do sonho. Em busca de tranquilidade, os imigrantes vindos do Brasil já somam mais de 150 mil residentes no país, um número que não para de aumentar. Em terras lusitanas, eles encontram o baixo custo de vida, com a segurança do terceiro território mais pacífico do mundo.
Outro fator que soma nessa equação são as estimativas negativas para o futuro na sua terra natal: segundo estudos da Fundação Getúlio Vargas, o Brasil deve encarar a maior taxa de desemprego dos últimos 25 anos, com previsões que passam dos 18% ainda em 2020.
E para quem decide cruzar o oceano, Portugal está mesmo de braços abertos. Como uma política para rejuvenescer a sua população economicamente ativa, o país incentiva cada vez mais a imigração dos brasileiros que tenham boas qualificações, seja para estudar, trabalhar ou empreender.
Para tirar esse sonho do papel, os estudantes podem fazer uso das suas notas do ENEM ou pedir transferência das suas universidades brasileiras para estudar no velho continente. Já para quem pretende trabalhar na terrinha, o visto de trabalhador altamente qualificado permite que as empresas portuguesas importem talentos do Brasil.
E essas não são as únicas opções para cruzar o Atlântico! Há também os vistos de empreendedor, que permitem que profissionais abram suas empresas em Portugal ou trabalhem de maneira autônoma no país. Já para quem tem capital à disposição para investir, o Golden Visa é conferido àqueles que criem postos de trabalho, comprem imóveis ou estimulem negócios portugueses. Assim como os titulares de rendimentos no Brasil e os aposentados, que através da comprovação de renda, ficam aptos a adquirir visto de residência para Portugal. E, por fim, todos os descendentes de portugueses que se encaixam nos parâmetros para obter a Cidadania Portuguesa. Não faltam opções e motivos para trocar o Brasil por Portugal, e este, pode ser o momento ideal.
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