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Como construir negócios pessoais que podem faturar milhões

por Carlos Augusto Queiroz

Segundo um estudo realizado por Elaine Pofeldt, jornalista da Revista Fortune Small Business, em 2015 havia 35 mil negócios pessoais nos EUA com receita entre U$ 1 milhão e U$ 2,5 milhões por ano. E esse número só aumenta.

Trabalhar para si mesmo, sem nenhum funcionário, em um negócio pessoal que traga uma receita anual milionária. É o que acredita Christian H. Mendes, que trabalha desde 2011 prestando consultoria para profissionais se reposicionarem da tradicional carreira em grandes empresas para um negócio pessoal mais enxuto.

Segundo Mendes, “a busca por autonomia e uma vida mais simples, longe das grandes capitais, tem levado profissionais a investirem em negócios próprios, como pequenas consultorias, prestação de serviços especializados ou empresas de treinamentos”. A maioria dessas empresas tem apenas uma pessoa, o proprietário, e adota a estratégia de manter-se assim, sem funcionários. Por isso, são chamadas de negócios pessoais.

Nos Estados Unidos, negócios pessoais tem conseguido atingir faturamento acima de um milhão de dólares (atualmente algo próximo a seis milhões de reais) em 12 meses, segundo o estudo realizado pela jornalista Elaine Pofeldt – que virou um livro, chamado The Million-Dollar, One-Person Business, ainda sem tradução no Brasil.

Segundo a pesquisa conduzida pela autora, esses negócios pessoais são de seis áreas especificas, que cresceram exponencialmente nos últimos anos: E-commerce; Manufatura; Criação de conteúdo informacional; Serviços profissionais e criativos; Empresas de serviços pessoais; e Negócios imobiliários.

Além da vantagem de ter um custo operacional menor, esses negócios têm criado oportunidades de ampliar receitas por meio de produtos digitais, como e-books, cursos on-line e clubes de assinatura, além de ter receita com serviços especializados, como programas de mentoria em grupo e, desde o isolamento social provocado pelo Coronavírus, treinamentos feitos em empresas de forma on-line.

A formatação desses negócios pessoais, se comparado a uma empresa tradicional, precisa de diversas adaptações e, como qualquer estratégia, tem ganhos e perdas. A crise que o Coronavírus trouxe para toda e economia tem acelerado muitas iniciativas de empresas de digitalizar seus processos e buscar atender melhor com menos recursos. Trabalhar sozinho, atender remotamente, acessar espaços de coworking, diversificar fontes de receita, usar marketing digital de forma inteligente e transformar o celular em uma plataforma multimídia, são algumas dessas adaptações apontadas por Christian H. Mendes.

“O foco na pessoa, não na empresa, fica claro se observarmos grandes negócios, que tem adotado uma estratégia de liderança de pensamento deu seus sócios”, destaca Mendes. Ele ressalta que há um crescimento de marcas corporativas usando de forma ampla em seu marketing a reputação pessoal de seus proprietários, como Luíza Trajano, do Magazine Luíza ; Flávio Augusto da Silva, da Wise Up; Caito Maia, da Chilli Beans; Abílio Diniz, da BRF, e tantos outros. Esse movimento tem permitido também que pequenos negócios possam ser construídos com a reputação de seus donos, aumentando assim a competitividade e oportunidades de mercado.

Alguns desses negócios, inclusive, combinam duas ou três dessas áreas, como a empresa liderada por Pedro Superti, que foi cliente da consultoria especializada de Mendes. Na medida em que a estratégia do negócio pessoal de Superti ia sendo implementada, ele passou a influenciar centenas de milhares de seguidores por semana. “Isso provocou um aumento da sua equipe, a ampliação do mix de produtos e adaptações no seu modelo de negócio, mas ainda manteve a filosofia enxuta e o foco na qualidade”, afirma Mendes.

O negócio de Pedro Superti – de ajudar empresas e empreendedores a se tornarem marcas desejadas através do Marketing de Diferenciação – atua com serviços e produtos que se encaixariam em criação de conteúdo informacional; serviços profissionais e criativos ou empresas de serviços pessoais.

Os negócios pessoais já são uma realidade há algum tempo, mas devem ser uma tendência forte para os próximos anos. Para Mendes, “o Coronavírus mudou as prioridades das pessoas, que devem preferir viver melhor, trabalhar para si e ficar mais próximos da família”. Segundo ele, os negócios pessoais criaram oportunidades imediatas de transformação do jeito de trabalhar e podem ser caminhos diferenciados para o que se entende como “planos B de carreira” ou “planos de aposentadoria”, em que normalmente os profissionais reduzem a jornada de trabalho e passam a ter uma dedicação maior aos seus projetos pessoais, como o de escrever um livro, por exemplo.

Outro fator que favorece esse ambiente de transição é a busca por fontes de informação sérias e que se responsabilizam pelo que escrevem e publicam. Os consumidores têm procurado informar-se por meio de pessoas que são referência em seus campos de estudo, como o economista Ricardo Amorim, principal voz da plataforma LinkedIn no Brasil, ou o biólogo Átila Iamarino, YouTuber que se consolidou como fonte de informação sobre o Coronavírus.

Ambos profissionais têm ganhado exposição em diversos veículos de mídia e tem credenciais técnicas e autoridade reconhecida por instituições de ensino. “O Átila e o Ricardo tem qualidade e consistência no seu trabalho, que é feito há muitos anos. Acredito que quem tem conhecimento, merece esse reconhecimento”, defende Christian H. Mendes.

Website: https://christianmendes.com/

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