O acúmulo de lixo é um problema emergente em todo o mundo, especialmente no Brasil. Isso porque o descarte inadequado de resíduos como os canudos fazem com que a poluição aumente e fique cada vez mais difícil trabalhar frentes como a reciclagem. Além da poluição propriamente dita, a categoria de material também influencia, pois, alguns demoram muito mais tempo para se decompor em detrimento de outros.
De acordo com uma Pesquisa da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), divulgada pela Agência Brasil, o plástico é responsável por 70% dos resíduos encontrados nos mares brasileiros. Para o CEO da fabricante de canudos de papel Canubio, Gustavo Ferreira, esse é apenas um recorte dos impactos do descarte inadequado de lixo. “Grande parte do lixo produzido no Brasil que não é tratado, infelizmente, acaba indo para nos mares e poluindo este tão belo recurso natural”, destacou.
Ele pondera ainda que além de impactar na beleza dos mares, essa poluição gera grandes danos aos animais que vivem no local, sendo necessária uma educação ambiental para mudar este cenário. “Apenas com a conscientização das pessoas será possível transformar essa realidade e melhorar a qualidade de vida em todo o planeta”, afirmou Ferreira.
Nesse sentido, o empresário acredita que a mudança de hábito pode trazer mudanças significativas no comportamento do consumidor. “O uso do canudo de papel vai além da simples comercialização de um produto com outra matéria-prima. Quando ele passar a ser utilizado em grande escala, as pessoas certamente vão entender que há uma mudança de comportamento de consumo, o que é fundamental para a transformação de práticas ambientais”, acredita o CEO da Canubio.
Para Gustavo Ferreira essa é uma oportunidade de educar o consumidor a consumir de maneira diferente. “É responsabilidade também dos estabelecimentos estimular o descarte adequado, para a reciclagem, de maneira a tornar o ciclo do produto bem mais aproveitável”, acrescentou.
Ainda segundo o levantamento da Abrelpe, os resíduos coletados nas orlas das praias têm cerca de 10% de sua origem in loco, ou seja, nas próprias praias e o restante (90%), são provenientes de outras áreas urbanas. “Nos momentos de lazer, as pessoas deixam de se preocupar com o meio ambiente, o que é completamente inaceitável”, comentou Ferreira, que indicou mais atenção dos turistas. “É preciso cuidar do meio ambiente o tempo todo, estejamos no trabalho, na escola, em momento de lazer ou mesmo em casa”, lembrou.
A pesquisa pontuou ainda que, em 2020, houve uma queda drástica da presença no mar de itens como bitucas de cigarro, canudos e copos descartáveis. Para o responsável pela Canubio, esse é um cenário promissor de conscientização, mas que não deve ser visto como uma oportunidade para relaxar nas medidas. “O planeta clama a cada dia por soluções mais sustentáveis e que contribuam com a sua preservação e não que acentuem sua destruição. É importante ver o quanto já evoluímos, mas ainda mais necessário é empregar práticas que nos tornem ainda melhores”, finalizou.
Website: https://www.canubio.com.br/