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Auxílio-acidente: Como funciona e quais são os critérios para concessão?

por Paulo Fernandes Maciel

Sofrer um acidente de trabalho e lidar com sequelas permanentes pode comprometer não somente a saúde, mas também a estabilidade financeira do trabalhador. Para garantir amparo nesse tipo de situação, o INSS disponibiliza um benefício chamado auxílio-acidente

É importante lembrar que o auxílio-acidente, é um pagamento indenizatório destinado a segurados que, mesmo após recuperação parcial, enfrentam redução na capacidade para o trabalho.

Neste artigo, você vai entender como funciona o auxílio-acidente, quais são os critérios para concessão, a documentação necessária e a importância de contar com orientação jurídica especializada para garantir esse direito.

O que é o benefício indenizatório auxílio-acidente?

O auxílio-acidente é um benefício de natureza indenizatória pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ao trabalhador que, após um acidente, permanece com sequelas definitivas que reduzem sua capacidade para exercer a atividade habitual.

Auxílio-acidente

Auxílio financeiro concedido ao trabalhador com sequelas permanentes

O auxílio-acidente é concedido independentemente da incapacidade total

Ou seja, o trabalhador pode continuar trabalhando, mas com limitações. 

O auxílio-acidente, portanto, não substitui a renda, mas sim a complementa, reconhecendo que o segurado teve uma perda funcional parcial.

Ele é devido a segurados como empregados com carteira assinada, avulsos e segurados especiais. Trabalhadores autônomos ou contribuintes individuais não têm direito ao benefício.

Lesões devem reduzir a capacidade laboral

Para que  o auxílio-acidente  seja concedido, é fundamental que o acidente tenha deixado sequelas permanentes que reduzam a eficiência do trabalhador, ainda que ele continue exercendo sua profissão. 

A simples existência de um acidente não garante o direito, é necessário comprovar a redução funcional, o que será analisado por meio de perícia médica do INSS.

Requisitos legais exigidos para concessão do auxílio-acidente

Embora o auxílio-acidente seja um direito previsto em lei, ele só é concedido se o trabalhador atender a determinadas exigências legais, que comprovem tanto o vínculo com a Previdência quanto os impactos do acidente.

Necessário comprovar vínculo empregatício e acidente relacionado ao trabalho

Um dos principais requisitos é a existência de vínculo empregatício ativo na data do acidente

O trabalhador precisa estar contribuindo regularmente ao INSS, e o acidente precisa ter relação com a atividade profissional.

Acidentes ocorridos fora do ambiente de trabalho também podem dar direito ao benefício, se deixarem sequelas e a pessoa seja segurada no momento do evento.

Laudo médico pericial é documento essencial no processo administrativo

A perícia médica realizada pelo INSS é decisiva na análise do pedido do auxílio-acidente.

O perito avalia se há sequelas, se essas sequelas impactam na função habitual do trabalhador e se a redução é permanente. 

O laudo pericial é o documento que formaliza essa análise e serve como base para aprovação ou indeferimento do benefício do auxílio-acidente

Se o laudo não for claro, incompleto ou inconclusivo, o pedido pode ser negado. Nesses casos, é possível recorrer ou buscar nova avaliação.

Documentação necessária para conseguir o benefício do auxílio-acidente

Além do cumprimento dos requisitos legais, o trabalhador precisa apresentar uma documentação completa e bem estruturada. Isso aumenta consideravelmente as chances de aprovação do pedido junto ao INSS.

A CAT precisa ser emitida em até 1 dia útil após o acidente

A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um dos documentos mais importantes nesse processo. 

Ela deve ser emitida até o primeiro dia útil após o acidente, preferencialmente pela empresa empregadora. Porém, se isso não acontecer, o próprio trabalhador ou sindicato pode emitir.

A CAT registra oficialmente o ocorrido e é essencial para comprovar que o acidente tem relação com o trabalho.

Relatórios médicos devem ser apresentados com total clareza

Para garantir o sucesso na solicitação de indenização por acidente de trabalho, é imprescindível apresentar relatórios médicos com total clareza e detalhamento. 

Além da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), esses relatórios devem conter um diagnóstico clínico completo, que descreva precisamente a condição do trabalhador após o acidente.

Assim, é importante incluir exames complementares, como imagens e laudos laboratoriais, que forneçam evidências adicionais sobre a natureza da lesão e sua gravidade. 

A descrição das limitações funcionais resultantes do acidente também deve ser detalhada, pois isso ajuda a demonstrar como a lesão impacta a capacidade do trabalhador de realizar suas atividades.

Por fim, o prognóstico de recuperação ou a permanência de sequelas deve ser claramente indicado, pois isso pode influenciar tanto a avaliação da indenização quanto o planejamento da reabilitação do trabalhador. 

É fundamental que esses documentos sejam emitidos por médicos especialistas e estejam atualizados no momento da solicitação, garantindo que as informações apresentadas sejam precisas e relevantes para o processo de indenização.

Registro detalhado do acidente fortalece o processo de solicitação

Relatos de testemunhas, registros internos da empresa, boletins de ocorrência e até fotos ou vídeos do local do acidente podem ser usados para complementar a documentação. 

Quanto mais detalhes forem apresentados, maior será a robustez do processo administrativo.

Contar com a orientação jurídica de um advogado especializado

Diante da complexidade do processo e dos critérios rigorosos aplicados pelo INSS.

É importnte contar com um advogado previdenciário especializado pode fazer toda a diferença para garantir o acesso ao auxílio-acidente.

Advogado especializado orienta sobre prazos e documentos corretos para obtenção do Auxílio-acidente

O profissional irá analisar o caso com atenção, conferir se todos os requisitos estão sendo cumpridos, orientar sobre a melhor forma de apresentar os documentos e acompanhar o andamento do pedido junto ao INSS. 

Além disso, ele pode indicar exames e médicos especialistas que facilitem a comprovação da redução de capacidade.

Acompanhamento legal evita perda de direitos durante o processo

Caso o benefício do auxílio-acidente seja negado, o advogado poderá entrar com recurso administrativo ou, se necessário, ajuizar ação judicial. Isso é comum quando o laudo do perito do INSS é contestável ou quando há discordância quanto ao grau da sequela.

Ter um profissional experiente ao lado também garante que nenhum prazo seja perdido, evitando prejuízos financeiros e a perda do benefício.

Portanto, o auxílio-acidente é um direito de todo trabalhador segurado que, após um acidente, convive com sequelas permanentes que limitam sua capacidade laboral

Apesar do auxílio-acidente garantido por lei, sua concessão depende de:

Uma documentação completa;

Perícia médica favorável e atendimento aos requisitos legais.

Por isso, é essencial que o trabalhador esteja bem orientado desde o início, evitando os erros que podem resultar na negativa do pedido do auxílio-acidente

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