De acordo com dados da Receita Federal, referentes a dezembro de 2020, o tempo médio de todo processo de abertura de empresas no Brasil foi de 2 dias e 15 horas (cerca de 63 horas). Neste período foram contabilizados 47.025 solicitações em todo o país. Em termos de comparação, em janeiro do mesmo ano o tempo médio para esses processos era de 4 dias e 8 horas e naquele mês foram pouco mais de 32,4 mil processos de aberturas.
Os números são resultado dos avanços implementados pela Redesim, sistema integrado que permite a abertura, fechamento, alteração e legalização de empresas em todas as Juntas Comerciais do Brasil, simplificando procedimentos e reduzindo a burocracia ao mínimo necessário.
Desde a implantação da Redesim, o uso da tecnologia tem facilitado a vida do empreendedor, que não precisa mais percorrer os corredores de diferentes órgãos para conquistar o alvará e o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). O cruzamento eletrônico de dados, a geração eletrônica de documentos e a disponibilização de consultas diretamente nos órgãos, permite o funcionamento quase que imediato das empresas.
“A tecnologia na gestão pública melhora o ambiente de negócios nos estados, tornando mais competitivo aqueles que investem em sistemas que desburocratizam a criação de novos negócios. Há também uma facilitação para a formalização de empresas, que já estão atuantes. Consequentemente, esse movimento aumenta a arrecadação dos estados e gera mais empregos, criando um ciclo virtuoso”, explica James Matos, diretor da Vox Tecnologia, empresa responsável pelo SIGFácil, sistema que faz a integração e o gerenciamento da Redesim em 11 estados, atuando em mais de 1.700 prefeituras e integrando as informações das secretarias da fazenda, juntas comerciais, bombeiros, órgãos ambientais e sanitários.
Entre os estados que lideram o ranking de agilidade na abertura de novas empresas, os três primeiros colocados – Goiás, Sergipe e Paraná – são atendidos pelo SIGFácil.
“A RedeSim deu a base legal e diretrizes para integração de processos e entidades. Entretanto, ela em si não é um sistema. O SIGFácil faz exatamente isso. O cidadão faz seus requerimentos, envia documentações e vê o resultado das suas demandas nessa interface. Do outro lado do sistema estão os órgãos envolvidos que recebem as demandas e analisam a legalidade dos pedidos”, explica Matos.
Além de fazer a ponte entre os órgãos, o SIGFácil é responsável por armazenar dados, fazer consultas, garantir que as diretrizes sejam cumpridas da maneira mais eficiente para o cidadão. A ideia final é o contribuinte abrir uma empresa sem sair de casa e com menos papel e burocracia possíveis.
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