Entre os dias 22 e 25 de outubro, Basílio Perez, presidente da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (ABRINT), participará do Internet Governance Forum (IGF), em Bali, na Indonésia. O ministro das Telecomunicações, Paulo Bernardo, também estará presente no Fórum.
No evento, será discutida a repercussão da espionagem feita pela Agência de Segurança Nacional (NSA, sigla em inglês) dos Estados Unidos, o discurso da presidente Dilma Rousseff na Organização das Nações Unidas (ONU) e o posicionamento do Brasil em defesa do sistema multistakeholder ? modelo de gestão que envolva múltiplos atores como governo, sociedade civil e empresas para discutir assuntos ligados ao uso da internet – como tema central de governança da internet, assim como acontece no Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br).
Na WCIT 2012 (World Conference on International Telecommunications), em Dubai (Emirados Árabes), existia um movimento para que a internet fosse controlada pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), mas a ideia foi muito combatida. ?Com a repercussão da espionagem, o ICANN está se antecipando em busca de um modelo multistakeholder, com a participação ativa de outros países nessa governança, como forma de evitar que a internet caia nas mãos da UIT?, explica Basílio.
Segundo a ABRINT, as principais agências internacionais de governança da internet ? ICANN (Internet Corporation for Assigned Names and Numbers), EITF (Internet Engineering Task Force) e ISOC (Internet Society) ? perceberam que com o modelo atual, com forte influência norte-americana, será difícil manter a governança da internet, assim, outros formatos e modelos deverão ser avaliados.
Em abril de 2014, o Brasil sediará uma conferência internacional que dará continuidade às discussões dos novos modelos de governança da internet, que serão iniciadas no IGF 2013.