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Varejo no período do Natal movimenta a economia

por admin

O ano de 2021 foi marcado por altos e baixos no que se refere à estabilidade econômica do país. Se, por um lado, foi prevista uma melhora a partir da reabertura paulatina do comércio, instituições de ensino, setores do turismo, entre outros, a melhora econômica não se mostrou tão satisfatória quanto previam os mais otimistas. Fatores como a alta do preço dos combustíveis, a desvalorização do Real e aumento da inflação, 10,74% no último ano, fizeram com que o poder de compra do brasileiro não acompanhasse a expectativa de melhoria após a atenuação da crise sanitária de Covid-19.

No entanto, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a previsão é que o Natal deste ano movimente cerca de R$ 34,3 bilhões no varejo, o que significa um aumento de 4,3% em relação ao ano passado. Esse movimento nas festas de final de ano resulta também na contratação de mais mão de obra para escoar a demanda de vendas nesse período, o que pode acarretar na contratação de aproximadamente 70 mil trabalhadores temporários. De acordo com a CNC, 48,9 mil vagas estão destinadas aos setores de vestuário e 10,4 mil vagas estão destinadas ao segmento de supermercados.

Outro ponto importante no que diz respeito à movimentação econômica de final de ano é o investimento na tradicional Ceia de Natal. De acordo com matéria divulgada no último mês pela Folha de S. Paulo, os produtos que compõem a ceia, somados, chegam a tornar a ceia 27% mais cara do que o ano anterior. Segundo Matheus Peçanha, economista do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), há vários elementos que colaboram para esse aumento, como a demanda internacional de proteína animal, a alta de preço dos compostos das rações para frangos, o impacto da geada nas lavouras, o aumento do óleo diesel, o que aumenta o preço do transporte de produtos, entre outros.

Expectativa dos comerciantes

Nessa perspectiva, o mercado mostra-se complexo, pois, apesar do crescimento da economia para esse período, o preço dos produtos aumentou consideravelmente, o que naturalmente pesará não só no bolso do consumidor, mas também dos comerciantes. Muitos donos de lojas de varejo e atacado se mostram otimistas para o final de ano, como é o caso dos comerciantes da Rua 25 de Março, tradicional polo do comércio nacional, localizado no centro da cidade de São Paulo. A logística para o final do ano, de acordo com os vendedores, inicia-se meses antes do Natal e a dinâmica envolve desde contratação de funcionários temporários, reposição de estoque, suporte de e-commerce, entre outros.

Para Guilherme Melo, CEO da Loopa, empresa de tecnologia financeira, é essencial que o controle financeiro no final dos anos seja redobrado. “A chegada do Natal exige do empreendedor um planejamento muito grande e assertivo. Afinal, são muitos os fatores que os lojistas devem levar em consideração para ter um bom volume de vendas no período, como investir em decoração e organização do estabelecimento comercial, controlar bem o estoque para garantir que não faltem produtos e ter uma organização financeira para controlar as vendas – que serão feitas nas mais diversas formas de pagamento”, afirma Guilherme.

O CEO ainda aponta que, para que as lojas lucrem ainda mais, há detalhes que devem ser levados em consideração: “Muitos estabelecimentos contam com mais de uma maquininha de cartão e isso dobra a importância de ficar de olho nas taxas cobradas a cada transação. Afinal, se em todo este período de alta demanda for cobrada uma taxa mais alta a cada venda, seu negócio poderá enfrentar sérios prejuízos financeiros”.

Cuidados com a saúde

É importante lembrar que, apesar do otimismo para que o comércio faça a economia brasileira se recuperar, é crucial que a dinâmica de contato social seja monitorada pelos estabelecimentos e que os consumidores tenham responsabilidade para evitar a contaminação por Covid-19. Algumas comemorações das festas de fim de ano já foram canceladas, como o Réveillon no Rio de Janeiro e São Paulo. Recomenda-se que horários de pico nas lojas sejam evitados, dando preferência às compras on-line, e caso a compra seja feita presencialmente, o uso de máscaras e álcool em gel é essencial. 

Para saber mais, basta acessar: www.loopa.digital

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