Investidores passaram a olhar com atenção para startups em estágio inicial. Prova disso é que nos primeiros seis meses de 2022, apenas no Brasil, foram investidos R$ 1,68 bilhão em rodadas de investimento early-stage e seed, os estágios mais iniciais de crescimento das startups, de acordo com levantamento realizado pela Distrito e divulgado pela CNN.
Esses estágios permitem classificar os negócios por maturidade. Para cada um dos estágios, a startup geralmente busca uma nova rodada de investimentos. “A cada rodada de captação, diferentes players analisam se o negócio possui a estrutura esperada para aquele estágio”, explica Paulo Deitos, cofundador da Captable, plataforma de investimento em startups. “Para passar para o próximo, a startup precisa utilizar o capital recebido na rodada anterior para atender aos requisitos dos próximos”.
Early-stage é o segmento mais acessível
De acordo com o mesmo estudo da Distrito, as rodadas early-stage já representam praticamente o total dos aportes em startups no Brasil (93%) e as rodadas anjo, pré-seed e seed quase dobraram no primeiro semestre de 2022 em relação ao mesmo período do ano anterior – foram de US$ 151 milhões em 2021 para US$ 282 milhões neste ano. Os dados comprovam: enquanto as rodadas encolhem no estágio avançado, o volume investido cresce nos iniciais.
O early-stage é mais acessível: “através das plataformas de crowdfunding é possível começar a investir em startups de forma totalmente digital com mil reais. O valor menor por startup abre a possibilidade dos investidores diversificarem suas carteiras, investindo em várias startups diferentes, e garantirem menor risco”, diz Deitos.
“Quem investe nos estágios iniciais, garante que entrou no negócio pelo menor valor, e, ainda, possivelmente, terá a maior valorização do investimento porque acompanhará a curva de crescimento da startup”, completa Deitos.
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