- Os profissionais que trabalham para a Anti-Lavagem de Dinheiro (Anti-Money Laundering, AML) citam “esquemas de mula de dinheiro” como a tática mais utilizada;
- A utilização de criptomoedas para lavagem de dinheiro é o terceiro esquema mais utilizado para o branqueamento de capitais, mas apenas 26% dos profissionais de AML revelam que as suas empresas avaliam este risco;
- A partilha de dados entre as equipas de AML e de fraude podem ajudar a detectar os “esquemas de mulas de dinheiro” mas uma em cada cinco empresas não colabora internamente;
- Cerca de 50% dos profissionais de AML considera que uma abordagem RiskOps reforça os esforços nesta área, mas a maioria não a prioriza como um objetivo de compliance.
SAN MATEO, Calif. and LONDON and LISBON, Portugal, Nov. 01, 2022 (GLOBE NEWSWIRE) — “Esquemas de mula de dinheiro”, “Multi-Customer Cross Wallet Activity” e utilização de criptomoedas, são as técnicas para lavagem de dinheiro mais utilizadas. Mas, a maioria das empresas não está a fazer uso da tecnologia disponível para mitigar as ameaças, de acordo com o mais recente estudo da Feedzai, a primeira plataforma mundial RiskOps para a gestão do risco financeiro.
O estudo – The State of Global Anti Money Laundering Compliance – inquiriu 636 peritos, que representam 77 empresas a nível mundial, a maioria das quais no sector dos serviços financeiros, e 74% dos inquiridos citaram “esquemas de mula de dinheiro” – tanto involuntários (44%) como voluntários (30%) – como a ameaça mais comum no branqueamento de capitais. De seguida, 56% dos inquiridos afirmam que a “Multi-Customer Cross Wallet Activity*” – uma táctica para o branqueamento de capitais, uma vez que permite movimentar fundos entre diferentes contas e evitar a detecção – é a segunda tipologia mais comum nesta área.
A pesquisa revela ainda que as criptomoedas estão a ser cada vez mais utilizadas para o branqueamento de capitais e mais de metade (51%) dos profissionais de AML afirmaram que a utilização de criptomoedas e outras trocas não reguladas são a ameaça mais comum. Contudo, apesar de citar o abuso de criptomoedas como uma das maiores ameaças de AML e um dos desafios mais significativos, apenas 26% das empresas monitorizam atualmente os riscos em torno destas. Além disso, os profissionais de AML também acreditam que a partilha de dados reforçam os esforços na luta contra a Lavagem de Dinheiro, mas 19% admitem que as suas equipas de AML e fraude não partilham dados – apesar de uma abordagem RiskOps ajudar a identificar o branqueamento de dinheiro mais cedo – e 15% “não sabem” se o fazem.
Quando questionados sobre os desafios dos programas de AML para os próximos dois anos, as principais respostas foram os regulamentos AML em constante mudança (17%) a utilização de criptomoedas / blockchain (16%), seguidos da implementação de produtos (7%).
Nick Parfitt, Subject Matter Expert em AML da Feedzai, comenta: “As ameaças de lavagem de dinheiro estão em constante evolução. Os profissionais que trabalham nesta área sentem-se muitas vezes como se estivessem constantemente a recuperar o atraso para abordar os mais recentes padrões de crime financeiro, utilizando frequentemente a tecnologia e as ferramentas já ultrapassadas para enfrentar os desafios de amanhã em matéria de branqueamento de capitais. Adoptar uma abordagem RiskOps proporciona um caminho para fazer melhor uso dos dados, fazer mais para enfrentar a ameaça das criptomoedas e permitir às equipas da AML demonstrar a sua eficácia e erradicar as actividades de mula de dinheiro”.
A investigação da Feedzai descobriu que a maioria dos inquiridos acredita que uma abordagem colaborativa de dados é vital na luta contra o branqueamento de capitais; 61% disse que a recolha automatizada de dados de múltiplos fornecedores será uma tendência de topo AML/KYC (Know Your Customer) nos próximos cinco anos, enquanto metade (50%) disse que a utilização de uma abordagem RiskOps para a partilha de dados entre instituições financeiras irá reforçar os esforços no combate ao branqueamento de capitais.
No entanto, quando questionados sobre quais eram os seus principais objectivos para 2022, apenas 29% disseram criar uma visão única do cliente e menos de um quarto (23%) disseram aumentar a partilha de dados entre os departamentos da empresa. As três principais prioridades eram alcançar o Perpetual Know Your Customer (pKYC) (54%), reduzir os falsos positivos (54%) e acelerar as investigações AML (45%).
Definições
* Multi-Customer Cross Wallet Activity:
Refere-seàcapacidade de um cliente ter várias carteiras – como Apple Wallet, Google e criptomoedas virtuais – e manter o anonimato. Ao manterem diferentes “wallets” anónimas com diferentes instituições, não há transparência.
Sobre a Feedzai: A Feedzai é a primeira plataforma RiskOps do mundo para gestão de risco financeiro e líder de mercado na proteção do comércio global com a plataforma de gestão de risco baseada em cloud mais avançada da atualidade, alimentada por machine learning e Inteligência Artificial. A Feedzai está a garantir a transição para um mundo sem dinheiro, ao mesmo tempo que permite a confiança digital em todas as transações e tipos de pagamento. Os maiores bancos, processadores e retalhistas do mundo confiam na Feedzai para proteger trilhões de dólares e gerir riscos, melhorando a experiência de cliente para consumidores, sem comprometer a privacidade. A Feedzai é uma empresa da Série D e arrecadou 282 milhões de dólares até o momento. Com uma avaliação superior a 1,5 mil milhões de dólares, a tecnologia da empresa protege 900 milhões de pessoas em 190 países. Para mais informações, visite feedzai.com.
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