As transformações do contexto digital no campo trazem necessidades bastante específicas para que a Agricultura 4.0 possa mostrar sua potencialidade e possibilidades.
Com atenção a esse cenário, empresas e grupos do setor trabalham para promover o ambiente adequado para essas novas tecnologias.
A AMAGGI, por exemplo, há mais de uma década vem estudando, contribuindo e desenvolvendo parcerias com o uso das novas tecnologias digitais. Desde 2019, algumas fazendas do grupo vêm utilizando os serviços de agricultura 4.0, conectando máquinas e fazendo a gestão detalhada de todas as operações com as soluções de serviços da fabricante de máquinas e equipamentos par agricultura Jacto, multinacional brasileira e com presença global.
“Já faz parte da cultura da AMAGGI trabalhar com parcerias em busca de soluções inovadoras para os desafios no campo”, resume o head de Inovação da companhia, Leonardo Maggi.
Uma dessas soluções em uso é o EKOS, software que permite integrar as soluções para a digitalização do campo e visualizar as informações. A ferramenta é uma novidade para a Jacto, que recentemente lançou uma nova área de negócios responsável pela comercialização e entrega de serviços especializados dentro da porteira, o Jacto Next.
O objetivo é oferecer ao agricultor soluções integradas e completas que viabilizem a Agricultura 4.0, simplificando a adoção de novas tecnologias e ajudando a alcançar elevados níveis de desempenho, qualidade e sustentabilidade dentro do negócio.
Dessa forma, a ferramenta desenvolvida busca fazer a gestão de todas as operações agrícolas presentes nas culturas de cereais, fibras, frutas e setor sucroenergético, com monitoramento multimarcas online, melhoria da eficiência operacional e todas as informações na palma da mão para tomada de decisão rápida e precisa. O software gera mapas, controla ordens de serviço, gera indicadores de eficiência e de rendimento operacional e fornece relatórios para detalhamento dos trabalhos em uma só tela.
“A agricultura moderna pede novas ferramentas que possibilitem alcançar todo o seu potencial. Através do software EKOS, o produtor tem visibilidade completa e online das atividades e operações agrícolas realizadas na fazenda. Ele pode acompanhar o andamento dos trabalhos e ser notificado em caso de parada de máquinas, velocidade máxima de operação, bem como receber diversos outros alertas. Assim como a Indústria 4.0, a quarta revolução da agricultura precisa da digitalização no campo para ter maior agilidade, autonomia, conectividade e integração nos processos produtivos e de gestão. Neste cenário, somos solicitados cada vez mais a oferecer para as propriedades agrícolas soluções digitais integradas e completas que viabilizem isso”, explica Fernando Gonçalves, diretor presidente da Jacto.
Resultados no Campo
De acordo com Ricardo Moreira, Gerente de Controle de Produção da AMAGGI, a demanda trazida pela transformação digital impacta a maneira de gerir o negócio, que precisa ser ágil e assertivo, e essa agilidade representa ganho nas operações agrícolas.
“Toda essa evolução nos forçou a olhar para a questão de minimizar erros e o tempo de tomada de decisão, e nos trouxe uma nova perspectiva de avaliação dos processos implantados em campo. Agora, temos uma visão sistêmica em tempo real do comportamento das nossas máquinas atuando com premissas operacionais, climáticas e agronômicas enviadas antecipadamente através de Ordens de Serviços. Entendemos que isso trará um ganho maior de performance operacional e aumento na nossa produtividade agrícola. As avaliações e insights permitem a mitigação de erros e fazer todo o processo de forma mais sustentável”, explica Moreira.
Esse é o contexto em que o EKOS foi desenvolvido: para que a tecnologia proporcione ao cliente informações e insights que, sem o seu uso, não seria possível. O sistema integra quatro importantes participantes do ambiente agrícola: o agricultor, o ecossistema de negócios, os sistemas de informações e todas as “coisas” presentes na propriedade, como as máquinas, talhões, sensores, lavoura, solo, drones, estações meteorológicas, etc.
“Através dos dados de telemetria, conseguimos reduzir até 80% de área sobreposta em uma operação de pulverização. Nesse caso, sendo um produtor de soja e algodão a economia de defensivo chegou em R$ 120.000,00 no ano a cada 1000 ha”, explica Felippe Antonelle Gonçalves, gerente de negócios da Jacto Next.
A área disponibiliza ao mercado serviços que permitem fazer a digitalização completa da fazenda, com soluções para cobertura de sinal de internet, instrumentação, conexão de máquinas multimarcas, sensores, estações meteorológicas, treinamentos especializados, consultoria operacional e agronômica, operações especiais com drones e veículos autônomos, imagens de satélites, softwares para monitoramento e gestão das operações, além de inteligência preditiva para a melhor saúde das plantas, incluindo manejo de pragas, doenças e estado nutricional.
“A missão da área de serviços é ser o fornecedor especialista em soluções confiáveis de ponta a ponta, com tecnologia própria e de parceiros, de um jeito integrado, com alta qualidade e, ao mesmo tempo, de forma simples e transparente”, completa Antonelle.
Website: http://www.jacto.com