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Programas de aceleração e incubação de startups apostam em iniciativas voltadas para a diversidade e inclusão

por admin

Mudanças culturais numa sociedade costumam ser precedidas por movimentos de luta, emancipação ou como expressão de coragem daquelas pessoas que não se conformam com o status quo. E aos movimentos da sociedade se seguem os movimentos das empresas. Com cada vez maior frequência, tem sido observadas ações afirmativas de empresas, promovendo processos de seleção orientados para captar profissionais de determinados grupos minorizados. Este passo é sem dúvida importante para que as organizações consigam ter uma distribuição de profissionais mais equilibrada, no ponto de vista demográfico, em seu quadro funcional, o que demonstra uma preocupação com a representatividade, na busca de se ter uma população que seja uma espécie de espelho do que é a composição demográfica de nossa sociedade.

Comprovadamente, por meio de diversos estudos de consultorias renomadas mundo a fora, como a Mckinsey , a Boston Consulting Group, dentre outras , uma equipe plural, composta de membros de diversas origens, cores de pele, religiões, gêneros, gerações e graus de deficiência, tende a ampliar a profundidade das análises, a enriquecer as soluções, e a proporcionar melhores resultados para as organizações.

Mas, para que isto seja possível, é igualmente necessário dar-se outro passo, tão ou mais relevante quanto o primeiro: dar espaço e voz ativa a cada um dos novos participantes do grupo organizacional, como apontou Sofia Esteves numa matéria publicada em 28/09/20 na revista Exame publicou mostrando o valor da Inclusão para as organizações – “Entenda a diferença entre diversidade e inclusão nas empresas”.

Com este cenário ambíguo, onde é sabido que o melhor resultado vem de um time plural mas ainda não se sabe como dar voz aos diferentes participantes de um grupo, é natural que empresas consolidadas, consultorias que trabalham cultura e comportamento e startups que geram inovação para todo este ecossistema queiram unir forças para trabalhar o tema.

A dificuldade de avançar neste sentido reside no fato de que todas as pessoas possuem vieses inconscientes, que obstruem involuntariamente um olhar isento sobre as outras. Para que estes vieses sejam quebrados, é preciso estar alerta, perceber que eles estão presentes em todos nós, e atuar proativamente para que eles sejam freados no dia a dia de uma organização, criando-se pouco a pouco, uma cultura inclusiva. Neste sentido, faz-se necessário um exercício do convívio, uma dinâmica de interação contínua, para que a percepção distorcida do outro seja desfeita, fazendo emergir todas as suas dimensões e seu potencial.

Esta preocupação não é nova e as estudiosas do tema Lee Gardenswartz e Anita Rowe, em 2003, trouxeram para discussão em seu livro Diverse Teams at Work: Capitalising on the power of diversity, formas de agir e processos que ajudariam nesta jornada para potencializar os times diversos dentro de organizações.

Uma nova solução digital desponta nesta direção, com o intuito de trabalhar estes vieses de maneira inteligente. O iPlurAll é um produto desenvolvido pela consultoria FourAll que se preocupou em atender esta necessidade cada vez mais presente no mercado corporativo.

– Em nossas pesquisas percebemos que uma dor latente é a garantia de que todas as pessoas dentro de uma equipe possam expressar-se e serem realmente ouvidas, sem bloqueios, comenta Leonardo Carvalho, sócio fundador da FourAll. Ele lembra ainda do potencial desta solução, que pelo grau de inovação nela contida, vem sendo desenvolvida com o apoio de duas aceleradoras de renome do Rio (Startup RIO e Pólen), que se dispuseram a apostar no iPlurAll.

Desenvolvido de acordo com esta perspectiva, o iPlurAll é uma aplicação tipo “game” de troca de conhecimentos e experiências realizada a partir de um processo de micromentoria mútua. O mais interessante é que o objetivo é aumentar o engajamento e a colaboração entre todos, impactando a criatividade, inovação, a produtividade das pessoas de uma organização, entre redes de organizações, ou em comunidades específicas. O match entre usuários é feito de forma automática usando como métrica o grau de diversidades ou pluralidade, baseado no chamado “Índice de Pluralidade”, igualmente desenvolvido pela FourAll, que leva em consideração 6 critérios: geração, gênero, background, raça/ cor da pele, deficiência e religião. A solução foi concebida com a premissa de que qualquer pessoa pode ser mentora e mentorada, considerando que todas têm algo a compartilhar e algo a aprender. Para inibir o aparecimento dos vieses inconscientes, as pessoas navegam de forma anônima e as micromentorias se realizam sem que as pessoas sejam identificadas, evitando que a união entre mentor(a) e mentorado(a) seja premeditada entre usuários, por afinidade, por exemplo. Ao término da micromentoria, usuários podem escolher se revelarem entre si, potencializando a oportunidade de conhecerem perspectivas diferentes e mesmo se surpreenderem com pessoas de seu próprio grupo.

A mudança em qualquer organização se inicia por uma transformação dos mindsets. Estar aberto ao novo, ao outro e às suas perspectivas, que involuntariamente ofuscamos, pode trazer maiores e melhores possibilidades para todos. Esse é o caminho da transformação!

Website: https://fourall.com.br/

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