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Phishing se torna um dos golpes digitais mais comuns no Brasil

por admin

O Brasil foi o país mais atingido por tentativas de roubo de dados pessoais e financeiros de pessoas na internet, em 2020, de acordo com o levantamento sobre práticas de phishing e spam no mundo realizado pela Kaspersky, empresa internacional de segurança virtual. Segundo o levantamento, o percentual de usuários brasileiros que tentou abrir pelo menos uma vez links enviados para roubar dados, representa 19,9% dos internautas do país. Em segundo lugar no ranking vem Portugal (19,7%), seguido da França (17,9%), Tunísia (17,6%), de Camarões (17,3%) e da Venezuela (16,8%).

O termo phishing foi criado por volta do ano de 1996, quando as pessoas roubavam contas da AOL (America Online), a partir de então, tem o mesmo significado de pescaria, em português, mas com sentido de tentativa de fraude pela internet, informa Rogério Chaves de Almeida, graduado em ciências da computação e licenciatura em matemática.

“O phishing é uma ameaça virtual, também chamado de crime cibernético, que utiliza iscas e artifícios para atrair a atenção de uma pessoa e fazê-la realizar alguma ação. Caso o indivíduo morda a isca, poderá informar dados pessoais e financeiros, senhas, cartões de crédito etc. Nessa fraude, os criminosos utilizam mensagens aparentemente reais como, por exemplo, as de bancos, mas com alteração de senhas e direcionamento para sites falsos”, alerta Rogério, com experiência na área de tecnologia, suporte técnico e ministração de aulas de informática.

A ameaça virtual, diz o especialista, pode ser identificada por mensagem de instituições conhecidas, mas pode ser percebida falhas e má intenções como: erros gramaticais e ortográficos, ofertas muito lucrativas (fora do comum), prêmios de loteria, mensagens que pedem uma atitude rápida ou urgente, ameaças de corte de algum tipo de serviço do nada, pedido para clicar em algum link de visualização de fotos e notícias ou recadastramento de dados e e-mails de remetentes desconhecidos.

O crime de phishing, no Brasil, é enquadrado pela Lei n° 12.737 de 2012 (crimes de delitos informáticos). Segundo o Superior Tribunal de Justiça, o delito também pode ser enquadrado como furto qualificado, previsto no artigo 155, parágrafo 4º, inciso II, do Código Penal Brasileiro, por emprego de fraude para a obtenção de dados da vítima.

“Para se proteger dessas ameaças, o ideal é ter um bom antivírus, firewall e plugins no navegador, para tentar barrar os links maliciosos. É praticamente impossível impedir que esquemas fraudulentos cheguem até você, mas alguns cuidados simples te ajudam a se livrar do perigo”, avisa Rogério.

Conforme o profissional, para se precaver contra o phishing, o primeiro passo é observar as características que a mensagem recebida apresenta como, por exemplo, o visual, os erros, os links estranhos, os argumentos persuasivos, entre outros já citados. “Lembre-se, também, que avisos de dívidas, convocações judiciais ou solicitações de cadastramento, não costumam serem feitas por e-mail ou redes sociais, mas sim por correspondência enviada à sua residência ou local de trabalho. Não se deixe levar pelo tom ameaçador ou alarmista da mensagem”, explica Rogério.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), mais de 12 milhões de brasileiros já sofreram algum tipo de golpe financeiro pela internet nos últimos anos, o que representa um prejuízo de quase R$ 2 bilhões somente em fraudes.

“Desconfie de ofertas muito generosas. Ninguém dará prêmios de concursos que você não esteja participando ou oferecerá um produto com preço muito abaixo do que é praticado no mercado. Caso seja necessário pagar alguma taxa ou fazer alguma contribuição em dinheiro, pode ter a certeza de que se trata de fraude. Essas informações sobre phishing são necessárias está relembrando, com o avanço da internet, cada vez mais pessoas estão acessando as tecnologias virtuais, é bom sempre divulgar para poder evitar fraudes e prejuízos”, finaliza Rogério Chaves de Almeida.

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