Um relatório divulgado pela empresa de serviços financeiros JP Morgan, em setembro de 2022, tornou pública a estimativa de que, na China, o mercado movimentado pelo metaverso atingirá a marca de US$ 4 trilhões (cerca de R$ 20,80 trilhões) até 2025. Abrangendo os segmentos de jogos, publicidade, telecomunicações e comércio eletrônico, o material embasa o avanço de tal economia nas previsões de aumento do tempo gasto na internet e na iminente digitalização de todos os processos possíveis com o passar do tempo.
Sendo o metaverso uma possibilidade de constituição de universos virtuais, o estudo feito pela instituição assegura a expansão do setor em departamentos múltiplos, com as expectativas principais voltadas para ecossistema de tecnologia, mídia e telecomunicações, com as principais empresas chinesas de internet podendo ser as maiores beneficiadas. O cenário sugerido inclui valores consideráveis, com triplicação do mercado de games online no país, por exemplo, que passaria de US$ 44 bilhões (por volta de R$ 228,8 bi) para US$ 131 bilhões (algo em torno de R$ 681,3 bi).
As previsões de avanço do metaverso não se restringem à China. Ao pensar na possibilidade de evolução intensa do segmento, segundo a pesquisa feita pela Analysis Group, o metaverso poderá representar 2,8% do PIB Global em 2031. Além disso, previsões lançadas pelo relatório do Instituto Gartner, até o ano de 2026, 25% das pessoas já deverão passar ao menos uma hora por dia no metaverso em atividades como trabalho, compras, educação, atividades sociais ou entretenimento.
Pensando em quais podem ser as expectativas internacionais a respeito do avanço de metaverso na China, Felicio Valarelli, representante da Valarelli Advogados & Associados, empresa voltada para consultoria jurídica, na área do direito empresarial, acredita em experiências futuras que integrarão e combinarão os mundos físico e virtual. “Um dirigente chinês afirmou que o metaverso impulsionará o desenvolvimento de tecnologia na próxima década e estabelecerá um novo patamar de competição na economia digital de todas as nações”, completa.
Com relação aqueles que seriam responsáveis por realizar investimentos, um estudo realizado Accenture, “Meet Me in the Metaverse – The Continuum of Technology and Experience Reshaping Business”, traz a informação de que 72% dos executivos globais acreditam na possibilidade do metaverso ter um impacto positivo em suas organizações, e outros 45% acreditam que ele poderá trazer uma transformação profunda para suas empresas.
Levando em consideração o interesse pelas novas tecnologias, o economista enfatiza também a importância do posicionamento dos países, frente ao momento de inovação, observando a necessidade de preparo para lidar com o novo momento. “Há o consenso de que a criação do metaverso requer que alguns fatores evoluam, principalmente em termos de infraestrutura de rede (5G, 6G), de fornecimento de energia e capacidade de processamento de dados”, diz.
No mais, as apostas no futuro dessa economia são avaliadas de maneira positiva pelo especialista. “Como se vê, no conceito de ‘metaverso’ há um entendimento de que é um cenário (não um lugar) que envolverá uma experiência tridimensional da internet”, diz ele, frisando que o metaverso, por ser essencialmente um mundo virtual que busca simular espaços do mundo físico, “permite que as pessoas realizem atividades possíveis apenas dentro do contexto deste universo virtual particular”.
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