O debate sobre a viabilidade do home office no meio corporativo, com seus benefícios e suas limitações, suas fragilidades e suas potencialidades, nunca foi tão presente e intenso quanto nestes tempos de pandemia de Covid-19. Depois de um período de crise sanitária e hospitalar mais intensos – ainda sem vacina contra o coronavírus Sars-Cov-2 e com recomendação, por parte das autoridades da área de saúde, da adoção de medidas de restrição de interação social -, os aprendizados sobre as diferentes maneiras de trabalhar podem indicar como será o futuro pós-pandemia. E como o gerenciamento da força de trabalho (“Workforce Management”, em inglês, e WFM, na sigla usada no meio corporativo) pode ser moldado a estas novas tendências.
Nesse sentido, algumas pesquisas realizadas desde o ano passado sobre a questão do teletrabalho podem ajudar a uma melhor compreensão sobre como estas alterações no ambiente laboral se desenharam e como um novo cenário pode se descortinar.
De acordo com a pesquisa “FIA Employee Experience (FEEx)”, realizada pela FIA (Fundação Instituto de Administração) em setembro de 2020, 90% das empresas aderiram a alguma modalidade de home office. A maneira como empregadores e empregados encararam a experiência, no entanto, pode indicar como o WFM é relevante para o ambiente de trabalho: enquanto 91% dos funcionários avaliaram a prática como ótima ou boa, 60% das empresas relataram dificuldades relacionadas ao trabalho à distância na pandemia. Entre as principais dificuldades, foram citadas a disponibilidade de equipamentos (relatado por 33% das empresas), adaptação dos funcionários (30%) e conexão de internet (27%).
Com a vacinação avançando mês a mês – atingindo 53% da população com duas doses tomadas no final de outubro de 2021 -, o número de trabalhadores atuando sob o regime de teletrabalho no Brasil foi reduzido praticamente pela metade: segundo o Datafolha, em julho de 2021, 24% dos entrevistados disseram estar atuando em home office, 20 pontos percentuais a menos do que o verificado um ano antes.
A importância do gerenciamento da força de trabalho no âmbito digital
Para José Pedro Fernandes, vice-presidente da empresa de tecnologia SISQUAL, o gerenciamento da força de trabalho das empresas sofreu um grande impacto durante a pandemia de Covid-19, com as alterações trabalhistas que permitiram aos empregadores a alteração de contratos com seus funcionários.
Sobre a questão do home office, o executivo pontua que o maior desafio para todas as empresas, nos mais diversos setores, “foi garantir o controle das presenças e gerenciar os horários de trabalho à distância”. Para muitos empresários, prossegue ele, esta foi a primeira vez que tiveram que trabalhar com uma maior liberdade concedida aos funcionários e, por conta disso, “eles tiveram que procurar ferramentas digitais que conseguissem dar suporte a estas novas necessidades de controle”.
Estas novas ferramentas tecnológicas para o gerenciamento remoto da força de trabalho de empresas tendem a se aprimorar já que, apesar da redução do home office nos últimos meses, esta é uma prática que deve permanecer no mundo corporativo, ainda que em uma abrangência menor.
O home office no futuro pós-pandemia
Isto pode ser corroborado por pesquisas, como a realizada recentemente pela empresa de auditoria, consultoria e tributos Grant Thornton, que, em estudo envolvendo 253 executivos brasileiros indicou que 32% destes entrevistados afirmaram que pretendem manter o regime de home office para seus funcionários, ao passo que outros 45% indicaram que também podem seguir por este caminho.
“A mudança na rotina de trabalho para alguns segmentos se mostrou muito interessante e produtiva, sendo, assim, um passo na direção dessa nova visão de trabalho trazido pelo home office”, diz Fernandes. Para o vice-presidente da SISQUAL, a automatização do departamento de recursos humanos é um caminho a ser trilhado pelas empresas.
“Quando você tem uma ferramenta que não faz apenas a gestão dos turnos de trabalho, mas também aumenta a comunicação entre equipes para gerir folgas, horários, férias, marcação de ponto – tudo à distância -, você consegue garantir o controle necessário em termos de localização e horário, e isso impacta diretamente na produtividade e inclusive na qualidade de vida dos colaboradores”, diz.
O executivo pontua, por fim, a importância do desenvolvimento de métodos de gerenciamento dos projetos dos entregáveis dos trabalhadores remotos e da existência de uma política de trabalho remoto “que determine a rotina, os tempos e descansos para que a produtividade desejada seja alcançada e mantida”.
“Uma ferramenta de WFM completa respeita as leis trabalhistas de forma dinâmica e intuitiva, com sistemas próprios para fazer a geração de turnos e garantir que tenha a pessoa certa no lugar certo – mesmo que seja para atender o telefone da sua própria casa”, finaliza Fernandes.
Para saber mais, basta acessar: https://www.sisqualwfm.com/
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