A LeEco é uma marca de automóveis chinesa entrante na especialização da fabricação de motorização elétrica e eletrônica, anunciou a produção do primeiro automóvel sem emissões de poluentes e com condução totalmente autônoma.
Esta é a primeira investida da marca em automóveis, que até aqui produzia apenas smartphones. Do outro lado do atlântico, as equipes de desenvolvimento da Tesla vão aos poucos acrescentando funcionalidades tecnológicas à condução de veículos que poderá dispensar a interação na operação de veículos por parte do motorista.
O LeSEE foi anunciado ontem na China, e para espanto de todos saiu sozinho de um container, subiu em um pallet adaptado, apenas com alguns comandos de voz ditados de um smartphone pelo CEO da LeEco Jia Yueting.
Entre as manobras o LeSEE ainda de marcha ré e se alinhou, demonstrando as suas capacidades e também toda a expertiese da LeEco, que no passado se concentrava na fabricação de smartphones e que faz agora a sua estreia na produção de automóveis.
Neste capítulo o Tesla também consegue desempenhar funções idênticas, mas sem possibilidade de ser comandado por voz via smartphone.
A conquista do espaço da LeEco na indústria de automóveis acontece com este novo veículo LeSee e também com o recente investimento efetuado numa ‘joint venture’ entre a Aston Martin e a Faraday Future, um concorrente direto da Tesla.
Design futurista para um presente próximo.
A enorme silhueta curva do LeSEE é destacada nas secções dianteira e traseira por elementos luminosos de LED. As portas traseiras com abertura antagónica oferecem ainda pontos adicionais em termos de versatilidade e facilidade de acesso ao habitáculo. No interior os vários ecrãs captam de imediato a atenção.
Conquista de mercado en relação marcas tradicionais
Este novo modelo de automóvel fabricado na China representa uma séria ameaça aos fabricantes tradicionais de automóveis. No ano passado o mercado global de automóveis registou vendas na ordem dos 30 milhões de unidades das marcas dos grupos Toyota, Volkswagen e General Motors. Comparativamente com anos anteriores este número representa uma queda significativa, passando os novos fabricantes (como por exemplo a Tesla) a assumir papéis de crescente protagonismo.
Incentivos governamentais para uma escalada rápida
O governo chinês tem lançado inúmeros incentivos às empresas nacionais para desenvolvimento de soluções ligadas às tecnologias de baterias e de automóveis elétricos. Desta forma um grande número de empresas chinesas tem crescido de forma significativa representando um passo de gigante na consolidação da sua presença no mercado e competir de forma agressiva com as empresas estrangeiras. Esta conjuntura tem permitido o rápido crescimento de startups ligadas ao automóvel elétrico (NextEV e CH-Auto) que a par da LeEco poderão catapultar a China para o topo da indústria de automóveis global já que o mercado chinês de automóveis é o segundo maior do mundo. Com tudo isto a China assume-se como a maior economia mundial.
Importação de talentos
As empresas chinesas ligadas ao automóvel elétrico estão também a recrutar inúmeros técnicos especializados neste campo. A mais recente captação foi efetuada na Alemanha e deixou a BMW perto de um ataque de nervos ao sugar toda a equipa principal de desenvolvimento de automóveis elétricos BMW i à marca alemã. A China confirma-se assim como candidata ao centro elétrico do mundo.
Estreia do LeSEE no Salão do Automóvel de Pequim
A ante-estreia ontem do LeSEE serviu para despertar o interesse pela marca no Salão do Automóvel de Pequim. O certame abrirá portas no próximo domingo e pretende muitas novidades capazes de fazer estremecer os gigantes alemães, japoneses e americanos, até aqui dominadores do mercado de automóveis.
Fonte: Engadget