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Boneca gigante de Olinda utiliza tecnologia para monitorar violência contra a mulher no Carnaval

por Paulo Fernandes Maciel
Boneca carnaval

Uma ação inédita do Disque Denúncia de Recife ajudou a polícia de Olinda a proteger as mulheres de eventual assédio sexual e agressão durante o carnaval de rua desse domingo.

Boneca carnaval

Unido tradição à tecnologia, a instituição criou a sua própria personagem para integrar o desfile dos bonecos gigantes pelas ladeiras de Olinda: A Sentinela do Carnaval. Equipada com uma câmera de segurança, a boneca transmitia informações em tempo real para a central da polícia, com objetivo de garantir mais segurança à festa.

Com visão privilegiada, a Sentinela desfilou pelas ladeiras de Olinda com a câmera à vista e o nome do Disque Denúncia no peito, registrando todos os momentos da festa e encantando as foliãs. A ação contou com o apoio da Secretaria de Turismo e da Secretaria de Segurança Urbana. Enquanto isso, da central, os policiais monitoraram os blocos, podendo identificar eventuais agressores e acionar o policiamento local.


Segundo Paulo Castro, vice-presidente de criação da Agência3, idealizadora da ação, a tecnologia pôde transformar um símbolo do Carnaval de Olinda em uma sentinela para as mulheres, criando, assim, mais um recurso para barrar a violência contra a mulher. “ A agência abraça há anos essa causa e achamos que era um bom momento de dar visibilidade a esta questão. Com visão privilegiada, a boneca poderia filmar flagrantes durante os blocos. O melhor é que só a presença da Sentinela no desfile já evitou eventuais abusos”, disse Castro.

Imagem central de vigilância
O secretário de turismo de Olinda, João Luiz da Silva Júnior, ficou tão satisfeito com o resultado que quer transformar a boneca Sentinela em um personagem permanente no Carnaval. “Com certeza a ação foi um sucesso e a Sentinela estará conosco nos próximos anos, assim como o Homem da Meia Noite e a Mulher do Dia”, disse ele, se referindo aos maiores patrimônios do Carnaval de Olinda.

Imagem camera posicionada
Sylvia Renata Dubeux Agra da Fonte, Diretora Geral dos Disque Denúncia de Pernambuco, avaliou que a presença da boneca também serviu de estímulo para as mulheres vítimas de agressão não se calarem. “Muitas mulheres se sentem constrangidas ou têm medo de denuncia seus agressores. A Sentinela ajudou a mostrar que elas podem contar com o trabalho do Disque Denúncia”, disse ela.


O Disque Denúncia de Pernambuco atua desde o ano 2000 e já recebeu mais de 500 informações sobre diversos casos. As denúncias de violência contra a mulher estão em terceiro lugar na lista de crimes denunciados na região.

 

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