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Gestão da Inovação: o que foi possível aprender em 2020

por admin

A pandemia causada pela Covid-19 antecipou algumas tendências de desenvolvimento tecnológico e inovação nas empresas, como a utilização de ferramentas para trabalho remoto ou o desenvolvimento de soluções de serviços on-line de e-commerce. A crise trouxe reflexões importantes para humanidade e seus impactos sociais, culturais e econômicos estão apenas começando. É importante compreender essas transformações para poder se adaptar, e isso vale tanto para pessoas, quanto para empresas e governos.

Em 2020, o mundo foi obrigado a mudar o modo de trabalhar, aprender, comprar, relaxar, ou seja, o modo de viver de todos foi alterado. As pessoas tiveram que aprender a utilizar tecnologias que já estavam disponíveis, mas que muitas vezes ainda eram desconhecidas. Foi possível perceber o quanto a vida pode ser mais fácil com o uso da tecnologia, mas também sentir saudades dos encontros com os amigos, das viagens e de participar de grandes eventos presenciais.

Das experiências realizadas em 2020 com o uso de estratégias e tecnologias digitais e a suspensão de atividades e eventos presenciais, o que realmente veio para ficar? O que realmente deu certo e o que deu errado? Serão mantidos o trabalho remoto, a educação on-line, o consumo de serviços de entretenimento e streaming em níveis próximos ao que se utilizou em 2020? Ou deve haver um crescimento de serviços e eventos presenciais para atender a demanda reprimida pela pandemia, quando for possível liberar a humanidade de seu isolamento social?

Aparentemente, a utilização dos serviços web e mobile farão parte da vida das pessoas, com maior ou menor intensidade após a pandemia. Grande parte da força de trabalho das organizações, por exemplo, deve permanecer atuando remotamente, gerando oportunidades para negócios de infraestrutura de conectividade e segurança da informação. Com o aumento do uso da tecnologia pelos colaboradores das empresas, bem como do número de clientes nos mais diversos serviços prestados por estas organizações, haverá um crescimento exponencial na geração de dados. As tecnologias e as ferramentas de análise de dados serão fundamentais tanto para eficiência organizacional como para compreensão das mudanças de conduta das pessoas. Além do comportamento de consumo especificamente, há a necessidade de entender melhor quem se relaciona com as marcas e como elas se relacionam com o consumidor.

As discussões sobre temas políticos, sociais e ambientais também são um fenômeno que compõe a compreensão das transformações atuais. A crise econômica decorrente de ações de combate à pandemia ao redor do mundo deve aumentar a desigualdade social, além das discussões polarizadas sobre ideologias político-sociais que movimentam as mídias digitais. As empresas precisam saber lidar com este tipo de comportamento. Criar empatia nunca foi tão importante para gerenciar essa comunicação com stakeholders. Isto significa não apenas ouvir e se colocar no lugar do outro, mas também um modo de se comportar e levar sua mensagem às pessoas através deste tipo de atitude. A organização precisa ter empatia e isto tem que ser percebido. Apesar de ser impossível agir desta forma o tempo todo, este é um desafio para área de comunicação empresarial, que precisa utilizar abordagens como design thinking para maximizar seu desempenho.

Muitos hábitos e rituais foram interrompidos e muitos estão procurando substitutos que tragam novo significado à sua vida. Ajudar na descoberta e construção deste novo mundo é um dos papéis da área de inovação, que conta cada vez mais com tecnologias para realizar essa mágica e viabilizar o desenvolvimento social e econômico das organizações. Neste momento em que as pessoas estão se reinventando, criando hábitos e rotinas, aqueles que conseguirem entender as dificuldades deste processo terão mais chances de criar valor e inovar no mundo pós-pandemia.

Prof. Dr. Cláudio Carvajal – Coordenador Acadêmico na FIAP.

Website: http://www.fiap.com.br

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