Começando, há 47 anos, pela iniciativa de oficiais do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), na montagem do pioneiro avião Bandeirantes.
Cujo único cliente, no início, era a Força Aérea Brasileira (FAB), a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer);
Depois privatizada, alçou voos e está vendendo seus produtos muito bem.
Tanto é assim que a empresa sediada em São José dos Campos (SP) anunciou, durante a 52ª edição do International Air Show;
Em Paris, cerca de US$ 2,5 bilhões em pedidos firmes e compromissos com seis empresas, sendo duas companhias europeias, duas japonesas e dois clientes não divulgados.
Além disso, a companhia brasileira também informou que a demanda mundial futura para jatos executivos pode resultar em compras de cerca de US$ 300 bilhões até 2036.
Um ótimo mercado.
A Embraer também assinou compromisso com outro cliente para a compra de 20 jatos E190-E2.
Com estes dois anúncios, os jatos comerciais E-Jets E2 acumulam 285 pedidos firmes, além de 445 opções;
Direitos de compra e cartas de intenção, totalizando 730 compromissos de companhias aéreas e empresas de leasing.
É uma vitória comercial em um mundo altamente competitivo, o da aviação.
Enfim, o fato concreto e alvissareiro que fica é que a Embraer é um símbolo de que o Brasil não precisa e não deve ficar apenas atrelado às exportações de commodities, por mais importantes que sejam, e são mesmo.
Afinal, o superávit recorde da balança comercial é uma ótima notícia.
Mas é melhor ainda quando o bom resultado inclui a venda ao exterior de produtos de alta tecnologia como os aviões da Embraer.
É a prova de que temos sim condições de fazer mais e melhor, com o aporte de tecnologia, tanto estrangeira quanto genuinamente nacional.
A empresa segue abrindo mercados no exterior.
A Embraer fechou ainda negócios com as companhias japonesas Fuji Dream Airlines (FDA), para até seis E175, e a Japan Airlines (JAL), com pedido firme de um E190.
Ora, são empresas de aviação de altíssimo nível e se estão comprando os jatos da Empresa Brasileira de Aeronáutica é porque confiam nos produtos, que estão no mercado há quase cinco décadas, em uma prova da quallidade do que é ofertado.
O modelo da nova família E2 está completando um ano de operações no Japão pela subsidiária J-AIR, que opera atualmente sete jatos E190 e 17 E170, com oito adicionais na carteira de pedidos.
E só tem recebido elogios. A Embraer prevê que a demanda do mercado mundial para o segmento de aeronaves médias entre 70 a 130 assentos, seja de 6,4 mil novos jatos nos próximos 20 anos, justamente a sua especialidade.
No Brasil, a companhia que mais utiliza as aeronaves Embraer é a Azul.
A companhia anunciou ainda a assinatura de um acordo com o Centro Aeroespacial da Alemanha para expandir a colaboração em pesquisas no setor aeronáutico.
Os parceiros trabalharão juntos em questões que incluem a redução das emissões de gases e ruídos;
A melhoria no desempenho aerodinâmico das aeronaves e o desenvolvimento de técnicas de construção de aviões mais leves.
Enfim, o mais otimista dos idealizadores da Empresa Brasileira de Aeronáutica não poderia prever o tamanho do sucesso da fabricante, o que