Está tudo caro. A sensação de que as altas de preços dispararam e avançam sobre todos os produtos e os serviços está sendo confirmada pelos indicadores oficiais e assustando donas de casa, trabalhadores, empresários e a própria presidente Dilma Rousseff. Depois de sofrer décadas com a inflação elevada, o Brasil parecia ter domado, há 18 anos, o dragão. Mas os constantes e cada vez mais intensos aumentos, ao lado de seguidas reações improvisadas do governo para tentar conter a sanha das remarcações, revelam uma resistência ímpar da velha criatura.
Para compreender as razões da atual carestia brasileira, é preciso conhecer a sua anatomia, com raízes no passado distante, quando taxas mensais acima de 50% eram rotina. Até hoje, contratos diversos, como aluguéis, são atrelados a índices que sobem e descem conforme a produção agrícola e a extração de minerais. A cesta básica continua carregando alimentos antes batizados de vilões e hoje menos presentes à mesa do consumidor, mas que criam pressões sobre tabelas gerais a cada excesso ou falta de chuva. Preços regulados pelo Estado, como tarifas de água, luz e telefone, carregam a memória de desordem monetária, autorizando reajustes com base em variações passadas.
Em complemento ao grupo de fatores autônomos da escalada inflacionária, estão ainda presentes na cultura nacional os nefastos aumentos preventivos, um reflexo do medo de pagar custos maiores no futuro próximo. Para piorar esse cenário, nem a presidente da República, nem o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nem o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, mostram o desejo de assumir publicamente o papel de São Jorge, com disposição para matar o dragão. Isso porque o calendário eleitoral e a atividade econômica fraca, reunidos, deixaram o fogo nas ventas do monstro mais desafiador.
Em alta A inflação oficial de janeiro, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), é a maior desde abril de 2005, encurralando os esforços do Executivo para tirar a economia do atoleiro. O indicador de referência calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) subiu para 0,86% no mês passado, ante uma alta de 0,79% em dezembro. Essa elevação vem desde junho. Com o maior aumento para meses de janeiro em 10 anos, o IPCA atingiu 6,15% em 12 meses, o pior nível nessa base de comparação, e ficou longe do centro da meta anual do governo (4,5%) e mais perto do teto (6,5%).
“O governo está colhendo o que plantou ao manter uma visão ideológica de que inflação anual na casa de 4,5% é razoável para sustentar o crescimento econômico. Essa tolerância só faz piorar as projeções”, analisa o consultor e ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega. Ele não acredita em descontrole maior dos índices de preços, mas ressalta que o quadro atual está minando a eficiência econômica do país e impedindo o Produto Interno Bruto (PIB) de crescer acima de 3% de forma sustentável. “Prova disso é que vizinhos nossos, como Chile, Colômbia e Peru, estão se expandindo com o dobro da taxa brasileira e metade da inflação”, sublinha
Por colaboração Editorial: Sílvio Ribas – Estado de Minas
Mercado de Informática
Segundo especialistas e os mais inteirados neste segmento econômico, nos proximos dias além do já visto aumento de fim de ano e da péssima época desta entrada de ano no mercado de informática, outro aumento e disparada de preços está prestes a ocorrer. Comenta-se e especulam que este fator será originário devido a baixa demanda dos mercados consumistas americanos e europeus os quais tendem a retardar a distribuição pela falta de interesse, causando assim a velha e conhecida lei da Oferta e Procura aqui no Brasil.
A Alta nos valores está prevista para acontecer nos próximos dias, e dentro de uma porcentagem na casa de 6,5 a 7,3% no preço final dos produtos.