Ao longo da história, a tecnologia nunca foi tão utilizada no atendimento médico como nesta pandemia da COVID-19. A urgência no diagnóstico exigiu que os médicos fizessem os atendimentos remotamente por vídeo e por telefone. Assim, o que antes era pouco utilizado possivelmente será uma alternativa ainda mais segura na prática médica nos próximos anos.
Essa foi uma das afirmações da Dra. Daniella Kerbauy, Diretora Médica do Grupo Fleury, durante a palestra “O laboratório pós-COVID: mudanças que vieram para ficar”, ministrada no 1º congresso Virtual da SBPC/ML. No início da apresentação, ela explicou que, no final de 2018, o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou a resolução 2227, que regulamenta a telemedicina nas diferentes formas e instâncias. Porém, após algumas polêmicas, a resolução foi revogada.
Entretanto, para mostrar o quanto esse canal é importante, ela destacou um artigo publicado no New England Journal of Medicine, no qual define o Telehealth, ou o TeleSaúde, como o uso da informação médica que é trocada de um sítio a outro por comunicação eletrônica para melhorar a saúde do paciente. “Assim, o foco da definição está no cuidado com o paciente”. Nota-se que 60% das instituições de saúde dos Estados Unidos utilizam uma forma de Telemedicina e de 40% a 50% dos hospitais também.
Hoje os médicos se utilizam de várias ferramentas para consultar e trocar informações com os pacientes, como a própria Telemedicina, WhatsApp, vídeo chamadas, mensagens de textos, e-mails, entre outros, auxiliando a assistência dos pacientes portadores de doenças crônicas e/ou os que necessitam de ajuda psicológica.
“O uso da tecnologia está presente no nosso dia a dia na medicina diagnóstica em diversas especialidades, com as imagens compartilhadas na Radiologia e também na hematologia, fazendo com que, de maneira remota, possa se auxiliar no diagnostico de doenças como a leucemia, em pacientes que vivem em locais carentes de profissionais especializados, permitindo que a agilidade no diagnóstico dê a oportunidade de um tratamento rápido e eficaz”.
A palestrante apontou algumas tecnologias utilizadas pelo Grupo Fleury durante a pandemia que auxiliaram no atendimento rápido a pacientes com suspeita e também os infectados pela COVID-19, como o a plataforma para oferecer, gratuitamente, uma segunda opinião médica às radiografia e tomografias de tórax, também o Cuidar Digital e o Telecorona Solidário.
Sobre a SBPC/ML
A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) é uma Sociedade de Especialidade Médica, fundada em 1944 e que atua na área de laboratórios clínicos. Com sede na cidade do Rio de Janeiro, tem como finalidade reunir médicos com Título de Especialista em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial e profissionais de outras especialidades como farmacêutico-bioquímicos, biomédicos, biólogos e outros profissionais de laboratórios clínicos, além de empresas do setor. A especialidade médica responde por apoio a 70% das decisões clínicas do país, influenciando desfechos e resultados econômicos da assistência à saúde.
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