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Segundo o Ibope, 61 milhões de brasileiros se divertem com jogos eletrônicos. O mercado já movimenta quase R$ 1 bilhão por ano e deve dobrar até 2016, conforme dados da Abragames (Associação Brasileira dos Desenvolvedores de Jogos Digitais). É nesse cenário que a QUByte Interactive, empresa nacional desenvolvedora de games, anuncia a produção do Recruits, jogo de estratégia de combate cujo diferencial será a ênfase nos recursos gráficos
O game utiliza tecnologias de última geração, como a engine Unreal, com alta qualidade gráfica – uma das principais exigências dos aficionados – e usada em vários jogos de sucesso. “Estamos trabalhando com uma equipe especializada no aprimoramento da parte visual para oferecer uma ótima experiência aos jogadores e elevar ainda mais a qualidade da produção de games feitos no Brasil”, afirma Marivaldo Cabral, engenheiro de software e CEO da QUByte.
O objetivo do game é simples: o jogador é o comandante de um esquadrão e tem que cumprir missões, como resgatar um membro da equipe e levá-lo a uma área segura. Para isso, técnicas de estratégia devem ser utilizadas, na hora de cercar o inimigo, por exemplo.
A versão para PCs já está disponível na Steam, maior loja de download de games da internet, em Early Access. “A arrecadação é revertida para o aperfeiçoamento do produto. Os usuários que pagam por ele cobram um resultado”, explica Cabral.
A empresa já tem o aporte de investidores-anjos para expandir o Recruits para as plataformas PlayStation 4, Xbox One e Nintendo Wii U. “Em todas elas, a qualidade gráfica continuará sendo um diferencial”, diz Cabral. Segundo ele, os usuários desses videogames são tão exigentes quanto os de PC. “Para computador, há uma oferta muito grande e a comunidade ajuda muito no processo de desenvolvimento do jogo. Os jogadores de consoles de mesa esperam um game de nível gráfico igual ou mesmo superior”.
A produção é uma parceria com a empresa australiana Commotion Games, que começou a desenvolver o jogo. A partir de agora, a QUByte será a responsável por finalizar e lançar o game, atuando como sua fornecedora exclusiva. Novas missões, a melhoria do sistema multiplayer (vários jogadores) e mecânicas de jogabilidade estão sendo implementadas.
Para Cabral, os games independentes e, principalmente os que são desenvolvidos por empresas brasileiras, ainda têm baixa penetração no mercado brasileiro por causa da cultura dos jogadores. “Aqui se dá mais valor a grandes franquias”, comenta. A expectativa é que o Recruits ajude a reverter esse quadro, valorizando o segmento nacional.
A previsão da QUByte é de, enquanto o jogo estiver em Early Access, ouvir opiniões dos usuários e manter uma agenda de entrega de atualizações mensais, com a expectativa que o game fique pronto até o final de 2015.