Nesses novos tempos de pandemia, muitas empresas tiveram que se adaptar e mudar diversos processos para poder encontrar um equilíbrio entre despesas e receitas e, de acordo com a analista financeira Daniela Espírito Santo Pereira, tudo isso para poder sobreviver em um mundo novo, onde praticamente tudo parou. “Os setores financeiros das empresas se viram em uma situação completamente desafiadora, em um cenário onde a demanda caiu de um dia para o outro, porém os gastos continuaram”.
E como otimizar os recursos financeiros de uma empresa e equilibrar ao máximo essa balança entre receita e despesa nesta situação de pandemia? “O home office foi uma das primeiras medidas colocadas em vigor para todas as atividades que não eram consideradas presencialmente essenciais nos escritórios, passando estes funcionários a trabalhar de casa. Essa decisão diminuiu imediatamente os custos fixos das empresas, que com um fluxo de funcionários menor acaba gastando menos com energia, internet, transporte e alimentação”.
Segundo a “Pesquisa Gestão de Pessoas na Crise Covid-19”, elaborada pela Fundação Instituto de Administração (FIA) no começo da pandemia, ainda em abril, 46% das empresas adotaram o teletrabalho. “Uma decisão muito difícil para uma empresa é demitir funcionários, principalmente sabendo que essa é uma situação adversa e todos passarão por dificuldades, por isso o home office veio como uma boa solução. Afinal, as decisões para superar essa crise afetaram e continuam afetando todos os funcionários que precisam em primeiro lugar ter a saúde preservada”.
Além do home office, uma medida aconselhada por Daniela, é adiantar o período de férias daqueles funcionários considerados do grupo de risco, diminuindo assim a folha de pagamento da empresa. “Outra recomendação que costumo dar, e que para mim é uma das mais importantes, é a renegociação de todos os contratos, sejam eles com fornecedores, donos de imóveis, bancos etc.”. A analista lembra que como esse é um momento sem precedentes, onde tudo parou completamente por alguns meses, todos estão dispostos a negociar e achar um ponto de equilíbrio em que as partes envolvidas sofram o mínimo possível.
Na opinião de Daniela, com um pouco de calma, paciência e foco é possível, sim, otimizar os recursos financeiros das empresas para tentar passar por essa fase com o mínimo de prejuízo. “Eu já ficaria satisfeita com um cenário de break-even, que é aquele em que os gastos são iguais aos ganhos. As empresas que estão conseguindo gerar um mínimo de receita nesse momento, podem se considerar vencedoras”, finaliza.
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