Influenciada por preços mais altos e o aumento nos embarques de celulose, minerais, e produtos metalúrgicos, dentre os mais importantes, as exportações baianas crescem em janeiro de 2021 e acabaram tendo um incremento de 1,2% em janeiro quando comparadas a igual mês de 2020, alcançando US$ 615,4 milhões. As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan).
Origem dos dados
Os dados foram apurados pelo Portal Operação Porto Seguro, mídia de divulgação de notícias da região do nordeste. As operações de minerais, principalmente de minério de cobre e seus concentrados, cresceram 379,2%, desempenho maximizado pela valorização dos preços em 38,5%, bem como ao aumento do volume exportado (+245,9%), em uma conjuntura de oferta limitada por parte dos principais produtores mundiais (o que talvez justifique os embarques, já que tradicionalmente a Bahia é importadora do produto para fabricação de fios e catodos de cobre).
Produtos elétricos, eletrônicos e afins nas exportações baianas crescem
Outro setor que se destacou foi o de máquinas e aparelhos mecânicos/elétricos, com os equipamentos eletrogêneos de energia eólica e motores para eletrogeradores, tendo destaque. As vendas do setor como um todo cresceu 1.028%, comparados a janeiro/20 com receitas que alcançaram US$ 12,2 milhões. “Senti o volume de trabalho voltar a melhorar, espero que a empresa retome o ritmo”, afirma o metalúrgico Carlos Vieira, que afirmou que temia perder o emprego.
Já as importações atingiram US$ 662,7 milhões, crescimento de 71,3% na mesma base de comparação. A última vez em que as importações haviam tido crescimento tão expressivo no comparativo interanual foi em julho de 2018, quando tiveram um incremento de 94,7%. “Tenho comprado bastante pela internet em sites internacionais, compensa” comenta a moradora de Porto Seguro, Rose Dutra Noronha.
Commodities
Em janeiro, as importações de combustíveis puxaram a alta com incremento de 146,3%, principalmente de nafta com aumento de 377,2%. As compras de produtos intermediários cresceram 39,6 %, com destaque para trigo, minério de cobre, grafita, cloreto de potássio e fósforo branco. Já a indústria de bens de capital, registrou crescimento de 30,2%, com destaques para os equipamentos para indústria eólica e solar como células solares em módulos ou painéis, motores de corrente alternada, moldes para metais, moduladores e aparelhos receptores para radiodifusão. Houve queda nas compras de bens de consumo em 13,5%, reflexo nesse caso, da persistente valorização do dólar.
Síntese da análise
Assim como ocorreu a nível nacional, a balança comercial da Bahia apresentou um déficit de US$ 47,3 milhões; isso em relação ao ano anterior, resultado do aumento maior das importações do que das exportações. A corrente de comércio que mede o dinamismo comercial; e a integração econômica do estado ao mercado internacional atingiu, no mês passado.
Alcançou a cifra de US$ 1,28 bilhão, com aumento de 28,4%.
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