Um estudo recente realizado pela Harvard descobriu que 78% dos funcionários entrevistados, experimentaram a ociosidade no trabalho. Isso não se refere necessariamente a preguiça ou procrastinação: “Estamos falando sobre o tempo no trabalho quando os funcionários deveriam estar disponíveis para trabalhar, mas não podem”, disse Andrew Brodsky, coautor do estudo. Ao todo, os pesquisadores estimam que a ociosidade no local de trabalho custa às empresas americanas US$ 100 bilhões por ano.
Qual o tamanho do prejuízo nas empresas brasileiras?
Segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria), o setor teve seu menor faturamento desde março de 2020 e a pandemia trouxe a maior detecção de ociosidade no trabalho desde 2003 com números nunca vistos.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgou este ano números assustadores, mostrando que o esgotamento ou como é conhecido o famoso “burnout” é responsável por atingir 32% dos profissionais com sintomas de estresse no Brasil. E para piorar o Brasil é um dos países com mais ansiosos e depressivos da América Latina, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a ociosidade está relacionada também aos próprios funcionários se cobrarem além do necessário por dois motivos:
- medo de perder o emprego e;
- a busca pela promoção.
É muito comum a organização não identificar os fatores que determinam a queda de produtividade e essa falta de entendimento gera prejuízo.
Uma pesquisa nacional sobre ociosidade genérica, encomendada pela Success.People, entrevistou profissionais de Recursos Humanos das principais empresas brasileiras com 2 grandes objetivos:
- Identificar a volumetria de ociosidade genérica e a implicação financeira nas empresas.
- Identificar as oportunidades e boas práticas de RH na pós-pandemia.
Volumetria da ociosidade genérica:
A análise conseguiu mensurar os principais elementos que representam uma média de 18% de queda da produtividade nas empresas: Entre os elementos que compõem esse resultado, destacam-se:
- Absenteísmo por falta de motivação adequada (4%)
- A Falta de pleno engajamento (3%)
- Desgastes psicológicos e estresse laboral (3%) e serão ainda mais potencializados pelos efeitos da pós-pandemia
- Desalinhamento de propósitos profissionais entre empresa e colaborador (3%)
- Conflitos internos entre gestão e/ou cultura da empresa (2%)
- Desgastes continuados que impulsionam turn-over e problemas psíquicos (3%)
Concluindo a análise do estudo, complementa-se que os efeitos da pandemia projetam um novo fator de ociosidade genérica, a chamada resiliência continuada, fator que elevará ainda mais os níveis de desgastes psicológicos e que já causa consequências e resulta na falência adaptativa. Uma pesquisa publicada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em setembro de 2020, aponta que passamos a ser o 2º país com maior índice de transtornos depressivos e ocupamos a 1ª posição no ranking de transtornos de ansiedade.
“Uma empresa que possui custo mensal de 1 milhão de reais no Brasil com seus funcionários, perde aproximadamente 180 mil reais, ou seja 18%, com o que chamamos de Ociosidade Genérica. Anualmente esse prejuízo ultrapassa a marca de 2 Milhões de reais. Um desperdício que poderia facilmente ser revertido, mas torna-se um entrave pela falta de conhecimento específico e de estratégia efetiva na abordagem psicológica”, comenta Luciano Mello, CEO da empresa e um dos responsáveis pela encomenda do estudo.
Oportunidades e boas práticas de RH pós-pandemia.
- Modernização da abordagem psíquica
- Política flexível de benefícios
- Arquitetura inteligente de cargos e salários
Complementando o estudo, o advento pandêmico gera oportunidades de disrupção na forma de comunicação e relacionamento entre as pessoas em ambientes cada vez mais híbridos e digitais, onde a casa é extensão do trabalho. Diante deste cenário desafiador, encontramos grandes oportunidades de evoluir a fluidez das relações humanas com abordagens amigáveis e psíquicas para estimular o viés positivo e neutralizar os efeitos nocivos causados pelo bloqueio das relações sociais e sinestésicas.
“Com métodos efetivos de socialização e comunicação, a área de recursos humanos consegue reduzir em até 35% o impacto já existente e causado pela ociosidade genérica”, explica Neiva Gonçalves, especialista em arquitetura humana que traça parte da metodologia implantada na Success.People.
Ao contrário do que algumas empresas pensam, o esgotamento dos funcionários não é um problema exclusivamente pessoal, pois afeta toda a organização e tem impacto direto na rentabilidade corporativa*. O Center for American Progress aponta que as empresas gastam de 16 a 213% do salário de um funcionário para cobrir os custos de encontrar um substituto. O governo dos EUA gasta US$ 125 bilhões a US$ 190 bilhões anualmente para cobrir custos de saúde relacionados a problemas psicológicos e físicos relacionados ao esgotamento. Isso representa até 8% do orçamento nacional para saúde, de acordo com a Harvard, essa mesma universidade também pontua que o estresse relacionado ao trabalho contribui para 120.000 mortes de americanos anualmente. Esses números apenas provam que o esgotamento tem consequências caras.
A Isma Brasil (International Stress Management Association), um instituto internacional voltado ao controle do estresse, aponta que cerca de 30% dos profissionais brasileiros sofrem desse distúrbio. No estudo da ISMA o Brasil ficou em segundo lugar com prevalência de estresse no trabalho perdendo apenas para o Japão. Fruto, obviamente de um cenário em que as cobranças, a competitividade gerada pela falta de oportunidades e o estresse atingem picos cada vez mais altos. “Carreiras com treinamentos à base de exigências bem específicas, como enfrentamento do estresse e desprezo pelas emoções, são as mais atingidas”, comenta o Dr. Ricardo Werner Sebastiani, Membro do Comitê Internacional de Neurociência e Diretor de pesquisas da NEMETON – Centro de estudos e pesquisas sobre Psicologia e Saúde.
Um número crescente de pesquisas demonstra uma correlação positiva entre a saúde e o bem-estar de um funcionário, a produtividade no trabalho e a redução da perda de dinheiro. Para a Kronos and Future Workplace, o burnout é a maior ameaça à retenção da força de trabalho, conforme relatado por 95% dos líderes de recursos humanos.
“A Ociosidade Genérica tem um preço altíssimo na nossa economia, as empresas correm o risco de perder seus melhores talentos devido à falta de estratégia para o enfrentamento destes seis fatores considerados no estudo, reforçando a ocorrência de sobrecarga nos funcionários sem prestar nenhuma atenção a seu bem-estar. Como resultado, os funcionários têm maior probabilidade de não atender às expectativas, ficando exaustos, descomprometidos e causando enormes prejuízos. O consequente desligamento se traduz em mais perdas significativas de receita para a empresa. Os números que analisamos na Success.People foram alarmantes, e nos direcionou para o projeto NEURO SUCCESS que consiste em apoiar o RH e empresas com o foco principal de criar estratégias psíquicas efetivas e com facilidade de implementação no dia a dia.
“É realmente urgente estancar esta perda, cuidar dos colaboradores e, através deste método, conseguimos fomentar diferenciais nas relações humanas, capazes de transformar o ambiente com práticas das melhores empresas para se trabalhar”, comenta Sergio Amad, especialista psicométrico e do método de inteligências múltiplas para a área de RH.
Acesse mais informações através do site: www.successpeople.com.br
Website: http://www.successpeople.com.br