Mesmo em um ano marcado pela crise econômica causada pela pandemia de Covid-19, o setor portuário paranaense fechou 2020 em alta. Com uma movimentação recorde de 57,34 milhões de toneladas, os portos de Paranaguá e Antonina registraram um aumento de 8% em relação à máxima anterior, de 2019.
Segundo a Portos do Paraná, empresa que administra os terminais, os números foram impulsionados pelo agronegócio. Do total de produtos importados e exportados, cerca de 37,4 milhões de toneladas (65%) se referem a granéis sólidos, ocasionando uma alta de 7% em comparação com o ano passado. Somente a soja representou um volume de exportação de 14,3 milhões de toneladas – 26% a mais do que em 2019.
Entre as importações, o destaque ficou com os fertilizantes. Foram 10 milhões de toneladas recebidas ao longo do ano, um crescimento de 6% no comparativo com os 12 meses anteriores. Já na carga geral, que inclui mercadorias como açúcar em casca e celulose, foram movimentados 12,4 milhões de produtos. Granéis líquidos, como derivados de petróleo e metanol, além de óleos vegetais, tiveram movimentação de 7,6 milhões de toneladas no ano.
Cenário promissor para 2021
Responsável pela movimentação de 938 mil toneladas de cargas em 2020 (aumento de 3% em relação ao ano anterior), o Porto de Antonina prevê um salto ainda maior neste ano. De acordo com a Terminais Portuários da Ponta do Félix (TPPF), empresa que detém a concessão do local, estima-se um crescimento de 50% nas importações e exportações ao longo de 2021.
Essa expectativa se dá em parte pela alta do dólar, do preço das commodities e pelo aumento da demanda por alimentos em todo o planeta. Para a TPPF, além do cenário econômico, pesa a favor do terminal os investimentos feitos em infraestrutura, como a expansão dos centros de armazenagem e o aumento da profundidade do calado (distância entre a linha de flutuação e a quilha do navio), que permitirá a atracação de barcos maiores.
Números positivos também em Santos
Se nos portos do Paraná o ano de 2020 apresentou números recordes, no maior terminal marítimo do país não foi diferente. Com um crescimento de 9,3% em relação a 2019, o Porto de Santos registrou uma movimentação de cargas de 146,5 milhões de toneladas.
Além do aumento da demanda por alimentos, fertilizantes e outros equipamentos no Brasil e no mundo, os números no terminal paulista também foram impulsionados pela importação de insumos médicos, fármacos e hospitalares durante toda a pandemia.
Para 2021, a previsão de especialistas é de um crescimento de 5% na movimentação total de mercadorias em Santos. Esse aumento deverá ser encabeçado principalmente pelo embarque e desembarque de produtos como a soja, farelo de soja e milho (expectativa de 7% a mais do que em 2020).
A importância do setor de transportes na pandemia
Assim como em toda crise registrada na história, a pandemia de Covid-19 trouxe necessidades e desafios que alavancaram a movimentação de cargas no Brasil e no mundo. Mesmo diante das dificuldades econômicas enfrentadas por várias nações, a alta demanda por alimentos e insumos contribuiu para os números positivos de 2020.
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