Diante das adversidades econômicas enfrentadas pelo mercado brasileiro, por conta da pandemia da covid-19, as empresas têm apresentado dificuldades que podem comprometê-las, segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae. Em uma pesquisa realizada pelo instituto, mostrou que um dos problemas é a administração e o custo com pessoal, que aparece entre os principais gastos na maioria das empresas (57,1%), apesar disso, apenas 18,1% delas precisaram fazer demissões, e o segredo é a utilização da gestão de pessoas como estratégia eficaz para auxiliar gestores e equipes de trabalho e na realização das funções.
Gerir é envolver, desenvolver e buscar comprometimento para um objetivo e um resultado final, independentemente da hierarquia do gestor (presidente, diretor ou superintendente), o importante é manter a conexão com todos que fecham o negócio, informa Homero Lara Neto, administrador de empresas com ênfase em gestão de pessoas e resultados comerciais. “A palavra gestão (gerir) deriva-se do latim gerere (guerra), traduzido para como levar, conduzir e direcionar, mas prefiro acreditar que se deriva de duas palavras chaves: gente e ação. Proveniente de como colocar pessoas na mesma ação com foco no mesmo objetivo. E isso, é sem dúvida uma atividade complexa e fascinante, organizar uma equipe que se torne um time de sucesso é para poucos em condições normais, e bem complicadas em tempo de pandemia”, explica Homero.
“A gestão de pessoas não é simplesmente desligar alguém ou contratar de acordo com os objetivos atingidos, é entender de forma empática e sem julgamento onde estão as principais dificuldades das atividades do dia a dia, e trabalhar ao máximo para remover os obstáculos. Com o objetivo absorvido pelo time, a obrigação do gestor é retirar todos os contratempos, mas, muitas vezes a zona de conforto de algumas empresas ou áreas tendem a atrapalhar a performance. É evidente que isso se torne cíclico à situação sistêmica de mercado”, declara o administrador de empresas.
Conforme o especialista, em tempo de pandemia é primordial ser um profissional de exemplo para os gerimos, não basta apenas direcionar, pois as dificuldades diárias se tornaram maiores, e o bom convívio faz toda diferença. “O gestor tem que estar disposto a ouvir, compreender e direcionar. O processo de adaptação ao cenário atual com homework, dezenas de vídeo calls diários, treinamentos e lockdowns, somados a incertezas, gera uma carga de exaustão sem igual. Ouvir em situação normal já é importante, e em momento de pandemia se torna ainda mais notável”, alega Neto.
O administrador de empresas, que possui vasto conhecimento na formação e desenvolvimento de equipes, alerta que os profissionais de gestão de pessoas, atualmente, em muitas situações são conduzidos ao desgaste, seja pela pandemia ou pelas dificuldades do dia a dia. E declara que a motivação de cada um é intrínseca e que a chave do comprometimento sempre será a empatia.
“O cliente sempre será a peça mais importante do negócio, mas o seu time de trabalho precisa ser visto com muita relevância, não como uma visão paternalista, mas de fato com engajamento mútuo. O nível de comprometimento do gestor com o time precisa ser no mais alto patamar. Essa parceria sempre fará toda diferença naquele momento em que sua equipe entrega resultados diferenciados, você consegue realizar promoções e méritos, e ver a valorização do seu trabalho acontecer”, explana Homero, com grande experiência em liderança de grupos multidisciplinares com foco na resolução de problemas, internos e externos, envolvendo departamentos, fornecedores e clientes.
De acordo com o Sebrae, investir em capacitação de gestores possibilita à empresa um ambiente de trabalho favorável à produtividade e a um bom desempenho dos colaboradores. Segundo a HSM, empresa de referência internacional em gestão e negócios, 70% dos profissionais da área, consideram que o aspecto que mais vai mudar na gestão de pessoas nos próximos anos é a transformação do modelo de gestor.
“Podemos observar as necessidades e os pontos de vista divergentes em prol do mesmo objetivo. Nesse momento é muito importante o gestor estar aberto e humano, não perdendo o foco no objetivo e se permitir de forma empática entender as dificuldades e percepções do seu time, permite-se influenciar para que juntos possam construir, sem perder o foco no objetivo. Essa empatia gera uma confiança mútua, gera interesse em entender as razões e necessidades da tarefa a realizar. E no momento em que percebe que os resultados diferenciados foram entregues e o sua equipe está em paz, vale todo o esforço”, finaliza Homero Lara Neto, que também possui cursos de Gestão de Desempenho, Treinamento em Negociação e Desenvolvimento Empresarial.
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