A mineração adotou iniciativas semelhantes em diversas partes do país para apoiar os brasileiros a prevenir e a combater a pandemia, adotou protocolos rígidos de saúde e segurança em suas instalações, ao mesmo tempo em que manteve a produção de insumos minerais para abastecer outros setores produtivos. Assim, contribuiu decisivamente para manter empregos, gerar renda para os cofres públicos e movimentar a economia por meio da geração de negócios. Esse comportamento proativo do setor mineral resultou em uma maior proximidade entre essa indústria, as comunidades e o setor público, algo que vai pontuar o futuro da mineração ao longo dos anos à frente.
Esta foi uma das principais conclusões dos dirigentes de entidades de mineração que participaram de uma live no e-mineração: Evento Virtual de Negócios – www.portaldamineracao.com.br/e-mineracao -, nesta 5ª feira (16). A live foi mediada pelo diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Flávio Ottoni Penido.
Assista à gravação desta live – http://www.e-mineracao.com.br/AVisaodosSindicatosPatronais/index.html
Participaram Cristiano Parreiras, diretor do Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (SINDIEXTRA-MG), Alexandre Mello, presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Extração do Ferro e Metais Básicos (SINFERBASE), José Fernando Gomes Jr., presidente do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (SIMINERAL), e Paulo Misk, presidente do Sindicato das Indústrias Extrativas de Minerais Metálicos, Metais Nobres e Preciosos e Magnesita no Estado da Bahia (SINDIMIBA).
“Vamos sair mais fortes deste período de pandemia”, afirma José Fernando, do SIMINERAL, ao avaliar os frutos positivos deste relacionamento mais próximo com as comunidades e as autoridades combinado com fatores como a manutenção da produção mineral nos últimos meses e, ainda, anúncios de projetos de expansão da atividade mineral no Pará. Segundo ele, a expansão da mineração está atraindo para o estado empresas da cadeia produtiva, o que é bastante significativo para a economia daquela região.
O mesmo clima vive a Bahia, segundo Paulo Misk, do SINDIMIBA. O sindicato tem agido para “mostrar à sociedade baiana e ao governo a importância da mineração, sua relevância como motor da economia de muitas regiões carentes da Bahia. Ela é um instrumento para melhorar a qualidade de vida”, define. Segundo ele, os contatos permanentes entre o SINDIMIBA, suas empresas associadas, as comunidades e as autoridades se mostraram eficientes para que o setor obtivesse a “validação de que a mineradora é um ambiente seguro e que a empresa (e o setor) não seria disseminador do vírus, o que se mostrou fundamental para mantermos a produção”. Assim como o Pará, a Bahia apresenta novas oportunidades de investimento em mineração.
Em Minas Gerais, a mineração segue também ativa, embora tenha registrado alguns casos de paralisação temporária de atividade, logo superados por meio de diálogos com a justiça e com outras autoridades. O preço de alguns minérios, a exemplo do ferro e ouro, tem motivado os empresários, assim como o crescimento da demanda por minérios utilizados pela construção civil, relata Cristiano Parreiras, do SINDIEXTRA-MG.
Ele e Alexandre Mello, do SINFERBASE, lembraram que o fato de o governo ter decretado a essencialidade da mineração e, assim, ter concedido autorização para operar mesmo durante a pandemia, foi muito relevante para o setor manter sua produção e, assim, fazer a diferença na hora de apoiar as comunidades contra a pandemia.
“As ações das empresas de mineração foram fundamentais para a saúde e a segurança dos trabalhadores e das comunidades próximas às empresas. O empregado da mineradora está mais bem protegido dentro da empresa do que fora dela, onde os protocolos não são tão rígidos. Ressalto que várias mineradoras aderiram à campanha #NÃODEMITA, uma sinalização relevante para as pessoas de que o setor pretende manter os empregos. Além disso, com a continuidade das operações, a economia local tem sido beneficiada, os municípios continuam recebendo tributos e os fornecedores seus pagamentos”, afirma Alexandre Mello.
“O bem que mineradoras fazem pelas pessoas, especialmente as que estão instaladas em locais muitas vezes longínquos é algo que o grande público, das metrópoles, não tem conhecimento. Cabe a nós comunicar tudo o que é feito a esse público porque as pequenas comunidades apoiam a mineração e reconhecem o trabalho sério que é realizado pelo setor”, diz Flávio Penido, do IBRAM.