Com uma frota de veículos estimada em mais de 107 milhões de unidades, segundo o Ministério da Infraestrutura, o Brasil apresenta um promissor mercado para quem deseja investir em um posto de gasolina . A estabilidade, relevância e perspectivas de crescimento atraem empreendedores para este tipo de negócio, considerado um serviço essencial para a população.
Mesmo em tempos de pandemia devido ao novo coronavírus, o consumo de combustível no Brasil conseguiu superar resultados de 2019, quando o vírus ainda não havia chegado no país. Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que as vendas da gasolina comum registraram 3,13 bilhões de litros em setembro de 2020, uma elevação de 1,2% na comparação com os resultados do mesmo período do ano anterior.
Os números exemplificam o interesse de tantos investidores interessados em empreender um posto de gasolina. Mas colocar em prática esse objetivo requer atenção e cuidado, pois o comércio de combustíveis – compreendendo gasolina, etanol e diesel – tem suas especificidades. Pontos específicos como regularidade e regras de segurança devem ser levados em consideração.
De acordo com Felippe Ferreira, fundador do meuBiZ , especializada em anúncios de compra e venda de empresas, uma dúvida muito comum entre os empreendedores se refere às vantagens de comprar um posto que já está em operação, em detrimento de iniciar um negócio do zero.
Na opinião do especialista, para cada situação há pontos positivos e pontos negativos. Ao decidir por começar o negócio do zero, o empreendedor precisará ter paciência e um bom planejamento para cumprir as etapas necessárias até colocar o posto em funcionamento. “Abrir um posto de gasolina envolve muitas questões legais e documentais, além de muito tempo. Para se ter uma ideia, no geral, todo esse processo pode levar até 30 meses para ser concluído”, afirma Ferreira.
Compreendendo melhor a morosidade do processo burocrático para abrir um posto de combustíveis o proprietário precisará tirar licenças ambientais, de implantação, operação e licença ANP, além do alvará de funcionamento emitido pelo Corpo de Bombeiros.
Outro ponto que deve ser checado com cautela, segundo Ferreira, é quanto à escolha da bandeira da franquia. “Quando se abre uma franquia de posto de gasolina é preciso entender que será necessário seguir os padrões e normas da bandeira franqueadora. O empreendedor precisa aceitar as regras e cumpri-las ao longo de todo o contrato”, destaca.
Outra opção de investimento são os postos de combustíveis à venda . Nesta modalidade, o empreendedor ganha algo precioso, o tempo. Nesse caso, optando por um negócio já em operação, o empresário não precisa cumprir todos os processos de emissão de licenças, estruturação do empreendimento e contratação de pessoal. Entretanto, quem opta por este modelo de negócio deve atentar-se ao histórico do posto, avaliação dos funcionários, clientes e a localização.
Ser mais que um posto de gasolina
Conhecer o cliente é cada vez mais necessário para o sucesso do empreendimento, e, no caso dos postos de combustíveis, Felippe Ferreira avalia que expandir o leque de serviços é uma forma de atrair e, quem sabe, fidelizar os consumidores. Serviços de troca de óleo e lojas de conveniência são formas de obter novas fontes de renda para o negócio, sempre buscando a excelência no atendimento prestado. “Cada vez mais os clientes querem otimizar o seu tempo e realizar a maior quantidade de serviços em um único ambiente, de maneira centralizada e rápida.”, afirma.
Dessa forma, comprar um posto de combustível tende a ser uma alternativa mais viável e rápida do que iniciar um novo processo de abertura de negócio. Ainda assim, a comercialização desse tipo de produto é bastante regulada e é importante que o empresário esteja atento aos detalhes antes de empreender.
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