A adoção do isolamento social contra a pandemia provocada pelo novo coronavírus acabou por impulsionar a disseminação do trabalho remoto. Agora, um levantamento realizado pela Navita, líder em serviços gerenciados de mobilidade, TI e telecom, entre seus clientes apurou desvios de finalidade no uso de celulares corporativos. De acordo com a empresa, em 46,54% dos aparelhos foram baixados jogos, 13,89% foram utilizados para assistir a filmes em streaming e 8,99% receberam aplicativos de produtividade.
A Navita está presente em 300 mil companhias de diversos setores espalhadas por 25 países com a sua plataforma Navita Connect, gerenciando mais de 1 milhão de dispositivos. Os celulares corporativos normalmente são utilizados por equipes de campo, como as de vendedores, e que agora permanecem em casa. Para Wally Niz, Diretor de Marketing e Vendas da Navita, os trabalhadores podem estar mais ociosos e estão deixando os aparelhos com os filhos, o que explicaria o índice de jogos baixados e também o de streaming.
Normalmente, ao contratarem a Navita, os clientes já instalam ferramentas que impedem downloads indevidos nos celulares. “Mas nem todos. Agora, em época de pandemia e quarentena, estamos sendo chamados a fazê-lo. “
No levantamento, Wally chama a atenção para o fato de os aplicativos de produtividade estarem em alta. Ficaram em terceiro lugar, tendo sido baixados em 8,99% dos aparelhos. “As pessoas estão com medo de perder o emprego (receosas pela instabilidade do mercado) e estão trabalhando mais por estarem um pouco mais ociosas em casa. E esses aplicativos podem ajudá-las a melhorar a própria performance”, diz.
Em quarto lugar, estão aplicativos de comunicação, em 7,39%. Em quinto lugar, estão aplicativos de e-learning. “São pessoas que estão querendo aprender alguma coisa durante esse tempo ocioso”, afirma Niz. Ou seja, aproveitam o período para se aperfeiçoarem, investindo em cursos – talvez até pensando na fase pós-pandemia.
Aplicativos de compras e entregas também foram baixados, justamente porque as pessoas estão em casa, com restrições de circularem. Em sétimo lugar, estão os aplicativos de redes sociais.