Bioplástico compostáveis é alternativa sustentável para produtos descartáveis
O desenvolvimento de alternativas amigas do meio ambiente para substituir o plástico em aplicações de uso cotidiano está crescendo mundialmente.
A partir do investimento em Pesquisa & Desenvolvimento, a busca por soluções se tornou parte essencial das indústrias que têm a preocupação em responder aos desafios globais, criando soluções que reduzam consumo de recursos e que mitiguem os danos ambientais.
Substituição de artigos para festas
Entre as soluções mais inovadoras está substituição do uso de plásticos comuns em embalagens e artigos de único uso, como colherinhas de café, copos, pratos e outros descartáveis por materiais compostáveis ou biodegradáveis.
Já há proibição em alguns países na Europa. Na França, por exemplo, a partir de 2020, estes artigos deverão incluir fontes biológicas renováveis e terão que ser compostáveis, que significa serem naturalmente biodegradáveis em processos compostagem industriais e/ou domésticos.
Pioneirismo em Bioplásticos
“A BASF é uma das pioneiras na adoção dos bioplásticos, com o lançamento do poliéster biodegradável e compostável ecoflex®, que está no mercado há vinte anos.”
Diz Mario Cerqueira, coordenador regional de Especialidades Plásticas da BASF para a América do Sul.
Para atender esse mercado promissor, a companhia dispõe do inovador polímero compostável, o ecovio®, também obtido a partir de matérias-primas renováveis à base de milho, para fabricação de produtos de plásticos biodegradáveis.
“Com a compostagem adequada, o ecovio transforma-se em adubo em seu fim de vida útil e serve como fertilizante para a terra.
Além de oferecer uma alternativa mais sustentável aos plásticos convencionais, devido ao seu menor impacto ambiental, há a consequente redução de sua pegada de carbono”, afirma.
Previsão de 5 anos
Atenta a essa tendência mundial, a Bellocopo Descartáveis produz copos compostáveis utilizando a solução ecovio®.
“Pretendemos desenvolver também talheres e pratos biodegradáveis.
A ideia é que essa linha se torne nosso carro-chefe em um período de 5 anos”, afirma o CEO da Bellocopo, Ricardo Mello.
Entre as cinco maiores fabricantes de copos descartáveis no Brasil, a empresa é a única que oferece os copos biodegradáveis e compostáveis.
As propriedades do ecovio® são projetadas para que os produtos finais, sofram biodegradação natural somente depois de usados, e sob condições industriais de compostagem de resíduos orgânicos.
Por isso, a Bellocopo auxilia seus parceiros a encontrarem empresas de gestão de resíduos que destinam os produtos para usinas de compostagem visando garantir o ciclo de uso e descarte sustentável.
Os bioplásticos podem ser também grandes aliados no gerenciamento de resíduos sólidos orgânicos urbanos, se usados como alternativa na coleta e destinação dos resíduos às centrais de compostagem, eliminando a fase de separação das embalagens.
Parceria da BASF
Parceira da BASF há quatro anos, a Oeko Bioplásticos é pioneira no Brasil e produz diversos tipos de embalagens com ecovio® com foco em sacos compostáveis que possibilitam a coleta seletiva de resíduos orgânicos.
Atualmente com 140 clientes, como hospitais, supermercados, fábricas e restaurantes, a empresa se preocupa em fechar parcerias que se comprometam com a destinação final.
“Os produtos são comercializados somente para clientes que encaminham os resíduos gerados nas suas operações para a compostagem”, assegura João Carlos Godoy, diretor da empresa.
Para ele, há oportunidade de crescimento do setor de produtos sustentáveis, que é uma demanda da sociedade, mas é preciso investimento.
Criação de mais mercado
“Estimulamos o desenvolvimento da infraestrutura de compostagem e, assim, ajudamos a criar mais um mercado”, explica.
Como todas as cidades brasileiras terão que dar uma solução ambientalmente correta aos resíduos sólidos orgânicos urbanos para sua devida recuperação e valorização por meio de compostagem a médio e longo prazo, de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12305/2010), o uso dos bioplásticos pode assegurar que maiores volumes destes materiais sejam enviados à compostagem.
Isto diminui de forma significativa o descarte em aterros sanitários e lixões, gerando um adubo que pode ser utilizado, por exemplo, em pequenas propriedades agrícolas e nos parques da cidade.