Os desafios para se tornar piloto de avião são inúmeros. Custo do curso, quantidade mínima de horas a serem voadas para a licença e salários baixos no início de carreira fazem que o sonho de criança seja abandonado.
Para o piloto de avião Maxwell Moreira, o cenário não foi muito diferente, mas ele resolveu realizar seu projeto de vida e hoje aos 45 anos de idade celebra estar na profissão há mais de 20 anos. “Passei por todo tipo de aeronave. Hoje como piloto de linha aérea de avião e piloto comercial de helicóptero percebo que a demanda nesse mercado só aumenta e por conta do custo e dedicação muitos não conseguem concluir a profissionalização.”
Entre as opções na aviação, uma das mais importantes e pouco divulgada é a do socorro aéreo. Maxwell afirma que hoje é uma realidade no mundo e essencial no caso de pacientes que precisam ser transferidos para grandes centros de tratamentos, com estrutura e segurança de uma UTI – Unidade de Tratamento Intensivo.
O piloto que tem parte da sua experiência também em UTI aérea, lembra que além dos entendimentos técnicos da profissão precisou aumentar seus conhecimentos como na introdução à medicina aeroespacial, fisiologia de voo, emergências gerais, dentre outros. “Nesse momento você precisa ir além do conhecimento e da prática em manusear uma aeronave, você tem que estar preparado para uma emergência que já entra no seu voo anunciada”.
Atualmente, com a pandemia da Covid-19, o Comandante Maxwell Moreira ressalta a importância desse serviço. “Hoje, UTI’s aéreas estão sendo usadas para socorrer doentes mais graves de Corona Vírus em diversas cidades mais isoladas do Brasil, como em Manaus – Amazonas. Muitas cidades sem estrutura para tratar pacientes com dificuldades respiratórias solicitam essa transferência e precisam contar com UTIs aéreas”.
Segundo Moreira, diversas publicações da área têm destacado o trabalho pelo mundo em busca de pacientes com o vírus. AERO Magazine publicou que um Airbus A310 da Força Aérea Alemã está utilizando para transportes de pacientes de países vizinhos cometidos pelo Covid-19 e que necessitam de tratamento emergencial. Segundo a Luftwaaffe, o A310 está equipado com seis estações de terapia intensiva, cada uma equipada com a mais recente tecnologia médica, incluindo sistemas de diagnóstico e máquinas respiratórias, o que permite que os médicos possam fazer quase todos os procedimentos de rotina que são efetuados dentro de um hospital, o A310 pode acomodar até 38 pacientes em UTI.
“Nós pilotos, já somos frequentemente avaliados por nossa capacidade técnica, física e psicológica, mas quando se está no comando de uma UTI aérea, fatores externos devem ser minimamente analisados, pois uma simples turbulência pode trazer danos severos ao paciente”, finaliza o comandante.
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