Por quase uma década, as organizações buscaram impulsionar sua transformação digital através da migração de seus recursos para a nuvem. Justamente por isso, as tecnologias de nuvem estão na raiz de muitas mudanças culturais e organizacionais que vivenciamos nos últimos anos.
E, como acontece com a maioria das tecnologias, os serviços em nuvem evoluíram e aumentaram expressivamente a complexidade e os recursos disponíveis, exigindo que as organizações que já adotaram a nuvem revisem e alinhem as estratégias com a nova realidade do serviço.
Para Leonel Nogueira, CEO da Global TI , para manter a competitividade no mercado, apenas migrar recursos para a nuvem não é mais suficiente. ‘Segundo o Gartner, até 2023, mais de 60% das organizações que já utilizam a tecnologia passarão a usar soluções de nuvem inteligente, ressalta.
Os líderes de TI podem garantir iniciativas de adoção de nuvem bem-sucedidas, que alinham aos objetivos e as prioridades dos negócios, seguindo cinco práticas recomendadas para iniciativas nuvem inteligentes:
1: Reflita sobre a realidade da nuvem
Ter metas e expectativas para a nuvem não é sinônimo de execução bem-sucedida. Reflita sobre a realidade da nuvem, há uma série de fatores que afetam a experiência em nuvem, por exemplo, latências de rede, disponibilidade de serviços, requisitos regulatórios, equipamentos locais e muito mais, além de, claro, a capacidade financeira de investimento.
“Por estes motivos, nem todos os aplicativos e cargas de trabalho se beneficiam da migração para a nuvem e a priorização da jornada para a nuvem deve ser adaptada às situações e ao contexto da organização”, afirma Nogueira.
2: Preencha a lacuna entre expectativas da nuvem e a realidade
Por meio de várias interações com clientes, o Gartner observou lacunas entre as expectativas de ganhos com a realidade de entrega dos serviços em nuvem. Além disso, observou também grande disparidade entre os modelos operacionais existentes e as práticas de segurança, conformidade e governança de dados exigidas pela legislação e incorporadas aos serviços de nuvem inteligente.
Por isso, é fundamental que as lideranças de TI conscientizem os tomadores de decisão sobre qualquer limitação da nuvem, além de redirecionar recursos especializados para a adequação de compliance da organização a legislação vigente. Na opinião de Nogueira, permitirá que as organizações estabeleçam metas e prioridades realistas as iniciativas em nuvem, para que tragam efetivos ganhos de valor aos negócios.
3: Crie estratégia de governança automatizada
Os serviços em nuvem evoluíram ao ponto de oferecer 10 vezes, ou até 100 vezes, mais opções de configuração. Naturalmente, é quase impossível para as práticas existentes acompanhar as mudanças, colocando as organizações em riscos de violações de segurança, perda de dados ou problemas de conformidade. Para reduzir o risco de perder o controle, os líderes de TI devem se concentrar na criação e automatização de uma estratégia de governança.
4: Desenvolva uma rotina de implantação inteligente em nuvem
Os líderes de TI devem priorizar as cargas de trabalho a serem migradas para a nuvem, usando um processo rotinas completas de modo a tornar a migração mais rápida, fácil e eficiente. Selecione as cargas de trabalho que priorizam velocidade, simplicidade e valor comercial ao migrar.
Essas rotinas completas podem ser feitas diversas vezes. Na primeira, migre as cargas de trabalho de maior valor para a organização. Na segunda, migre as cargas mais fáceis e econômicas, repetindo as rotinas até que as cargas de trabalho restantes não possam ser migradas rapidamente e não impactem as atividades operacionais.
5: Tenha foco na simplicidade
Os principais provedores de nuvem introduzem centenas de novos recursos nas ofertas todos os anos, o que adiciona uma camada de complexidade que pode complicar a experiência em cloud. Para lidar com isso, partindo do princípio de que a maioria dos sistemas funciona melhor quando a complexidade é minimizada, o ideal é manter a simplicidade. “Os líderes de TI devem evitar um número excessivo de componentes ou integrações e usar estruturas e arquiteturas simples e inteligentes para manter a nuvem segura e funcional”, completa.