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Parceria Embrapa Pantanal Famato

por Paulo Fernandes Maciel

Missão Técnica possibilita parceria entre Sistema Famato e Embrapa Pantanal
Parceria

A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT);

Reuniram produtores rurais e presidentes de sindicatos rurais com atividade agropecuária no Bioma Pantanal mato-grossense em uma Missão Técnica em Mato Grosso do Sul.

Com o objetivo de unir tecnologia e desenvolvimento da produção;

O Sistema Famato discutiu possibilidades de parceria com a Embrapa Pantanal em prol do Bioma Pantanal.

A visita técnica na sede da Embrapa, em Corumbá-MS, aconteceu quinta-feira (06/04).

“O objetivo surgiu de algumas demandas dos sindicatos rurais do Bioma Pantanal e de algumas ações que estão acontecendo tanto em Mato Grosso como em Mato Grosso do Sul referente às legislações do bioma.

Com isso, o Sistema Famato tomou a iniciativa de se aproximar mais da parte técnica e cientifica e a Embrapa seria uma das unidades referência que representa a atividade agropecuária sustentável”, apontou a gestora do Núcleo Técnico da Famato Lucélia Avi.

A parceria é vista pelo chefe-geral da Embrapa Pantanal Jorge Lara como a oportunidade de colocar em prática os projetos já desenvolvidos.

“Nós temos certeza que a aproximação com Mato Grosso é um caminho sem volta para a Embrapa Pantanal.

Nós queremos cada vez mais fortalecer esse laço e aumentar muito mais a nossa participação junto ao estado de Mato Grosso.

Queremos compartilhar com o produtor rural o nosso conhecimento”, assegurou Lara.

Lucélia disse que a parceria pode possibilitar aos produtores rurais respaldo técnico e cientifico;

Desenvolvimento sustentável e econômico para a atividade, por meio de cursos, palestras, oficinas e outros.

“Com isso o produtor terá ferramentas para conseguir se manter dentro do Bioma Pantanal que é praticamente todo conservado com áreas remanescentes de vegetação nativa que, no entanto, precisam ser conservadas e desenvolvidas”, ressaltou.

Durante a visita, os produtores priorizaram discutir com os pesquisadores e corpo técnico da Embrapa Pantanal a legislação ambiental que tramita na esfera federal.

Para representantes dos municípios inseridos em áreas do Bioma Pantanal mato-grossense, onde a economia predominante é a bovinocultura de corte, com um rebanho aproximado de 4.200 milhões de cabeça, a prioridade é definir o que é Bioma Pantanal e quais são os conceitos, uma vez que o assunto ainda causa muitas controvérsias.

“A definição do bioma descrita não é muito clara, deixando o produtor com dúvida de como explorar”, argumentou o grupo.

Para o setor agropecuário, o projeto de lei conhecido como “Lei do Bioma Pantanal” trata de aspectos muito gerais e não discute as peculiaridades do bioma.

O que está sendo discutido acerca do Pantanal não leva em consideração o que é uma área úmida.

“As leis ambientais devem ter base cientifica para funcionarem”;

Disse o produtor e representante do Sindicato Rural de Cuiabá Vicente Falcão de Arruda Filho.

Para os produtores, a definição das Áreas de Preservação Permanente (APP), no Bioma Pantanal, na forma como estão definidas;

E discriminadas no projeto de lei cobrem quase toda a planície, inviabilizando assim a sua demarcação.

“Assim fica impossível.

Para as propriedades rurais, inviabilizaria a atividade pecuária, uma vez que grande parte destas áreas, que seriam consideradas APPs correspondem a relevantes áreas de pastagens naturais”, assegurou o vice-presidente do Sindicato Rural de Cáceres Jeremias Pereira Leite.

Outros pontos não especificado são as práticas de limpeza de pastagem:

Pela remoção de vegetação invasora;

Pelo uso do fogo para manejo da vegetação campestre;

E o manejo florestal.

Todas elas são atividades de relevância para a pecuária tradicionalmente praticada no Pantanal.

No entendimento do setor, as práticas merecem normatização e embasamento técnico e científico.

O chefe-geral da Embrapa defende a ampliação das discussões e acredita que essas questões devem ser levadas para diversos grupos de interesse da sociedade civil organizada.

Além da rodada de discussão sobre o Bioma Pantanal, os membros da missão participaram das palestras:

Manejo de Pastagem Nativas e Formação de Pastagens Cultivadas para a Região do Pantanal;

Fazenda Pantaneira Sustentável (FPS);

Delimitação de Área na Região do Pantanal;

Índices Econômicos e Tecnologias para Pecuária Sustentável do Pantanal;

Projeto Biomas; Projetos Pecus e Cadastro Ambiental Rural (CAR).

A Famato, entidade de classe que representa 90 Sindicatos Rurais de Mato Grosso;

Desenvolve ações institucionais que garantem que a voz do produtor rural seja ouvida em diferentes instâncias.

Lidera o Sistema Famato, composto pela Famato, Senar-MT, Sindicatos Rurais e o Imea.

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