Com a chegada da pandemia, vender no e-commerce ficou um pouco mais fácil. O segmento apresentou um crescimento considerável em 2020 e, logo no primeiro semestre deste ano, já mostrou que veio para ficar: houve aumento de 57,4% em comparação ao mesmo período no ano anterior, o que comprova que as compras online já viraram um hábito dos brasileiros. Eis, portanto, a imensa importância de usar o social selling a favor das marcas.
Estratégia é excelente para desenvolver marca a estreitar relacionamento com consumidor
Ter seu varejo na internet é essencial para manter as vendas no mundo de hoje, mas uma loja virtual a mais ou a menos já não tem tanto peso na vida do consumidor. É preciso, portanto, investir em experiência: gerar valores – além do produto em si – para que ele se conecte à marca. E, no caso do e-commerce, a melhor maneira de dar o start nesse relacionamento é por meio das redes sociais, o que conhecemos como social selling.
Para se ter ideia de como essa estratégia funciona, a Sales for Life; uma empresa canadense que atua no e-commerce, realizou uma pesquisa para mensurar o alcance e impacto que as redes sociais proporcionam nas vendas.
O resultado é indiscutível: o social selling tem uma eficiência 66% maior nas vendas do que demais estratégias digitais para o comércio eletrônico.
O social selling como canal da experiência do cliente
Se pensarmos em um momento pré-pandemia, trabalhar a jornada do consumidor era algo bastante reduzido ao espaço físico da loja: a forma como os produtos eram posicionados, a informação passada nas vitrines, o atendimento dos vendedores, etc. No e-commerce, por outro lado, o posicionamento é outro: tudo é muito mais frio e o papel de “esquentar” o relacionamento entre a loja e os clientes ocorre por meio das redes sociais. Isso tem mudado tanto ao longo dos anos que até mesmo as redes estabeleceram espaços de compra e venda em suas plataformas. O Facebook hoje já conta com seu marketplace, assim como o Instagram, o que permite que varejos de todos os portes possam vender pela rede. E o efeito para o varejista é ainda melhor, posto que os anúncios trazem o usuário para dentro das páginas e melhoram o engajamento
Na trajetória da experiência do cliente, o atendimento via rede social também é muitíssimo valorizado – sobretudo, para os mais jovens –, especialmente por ser mais dinâmico, digital, ágil e rápido. São fatores que fazem parte da estratégia omnicanal, mas também contribuem para uma jornada do consumidor mais fluida e proveitosa.
Uma forma de gerar reconhecimento com a marca
Já se sabe que a melhor propaganda do mundo é o “boca a boca”, ou seja, uma recomendação feita por um amigo, familiar ou conhecido pode ser muito mais eficiente do que um mero anúncio nas redes. E as redes sociais, na verdade, se utilizam muito dessa estratégia: quando uma conexão comenta em um determinado post – seja ele no Twitter, TikTok, Instagram ou Facebook –, esse conteúdo é compartilhado com outros usuários que o seguem.
Para o varejo, essa é uma estratégia interessante de venda e, dado que é possível gerar muito engajamento pelas redes, a conexão entre a loja e o cliente é mais pública e aparente, o que pode gerar mais aquisições de novos usuários. Da mesma forma, o social selling também proporciona um vínculo por meio do que é postado – o que chamamos de “conteúdo relevante”; que também atrai o consumidor para a marca, além de trazer um posicionamento mais forte para a empresa.
Vale destacar que uma outra vantagem que o social selling viabiliza é um ganho de escala muito ágil e eficiente; posto que as redes sociais funcionam por meio de algoritmos de interesses em comum. Ou seja, na prática, significa mais público e uma ampliação de resultados.
Dados e métricas para conhecer o cliente
Outro ponto que precisa ser ressaltado sobre a estratégia de social selling é a facilidade para reconhecer o público engajado à marca, bem como o perfil do comprador. A maior parte das plataformas oferece uma área única para o comércio eletrônico; que conta com um resumo dos dados de clientes, conforme permite a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Reconhecer essas informações significa, além de tudo, abrir espaço para estratégias mais personalizadas e compatíveis com o público majoritário da marca. Ou seja, criar novas campanhas que vão gerar mais engajamento; ou seja lançar produtos de acordo com o perfil dos seguidores e até mesmo aprimorar os canais de contato.
Lembre-se: na era da omnicanalidade, captar e analisar dados é o mesmo que ter em mãos um pote de ouro. O consumidor de hoje, especialmente o que navega nas redes sociais, tem uma clara preferência por marcas que estejam alinhadas às suas preferências e necessidades. Ele espera por isso, reconhece a ação dos algoritmos e faz sua busca pelas redes justamente pela facilidade e conveniência. Participar deste processo garante, então, que sua empresa melhore o faturamento.
A oportunidade do marketing de influência
Por fim, para surfar a onda do social selling, um ponto de atenção para uma tremenda oportunidade é o marketing de influência. Os usuários já estão acostumados a ter influenciadores nas redes sociais para recomendação de produtos, lifestyle, entre outros; muitas vezes, até buscam por esse tipo de conteúdo.
Fazer parcerias com esses perfis é, portanto, uma excelente estratégia de marketing. Não apenas porque os outros usuários tendem a confiar nos produtos recomendados por influenciadores mas também porque o alcance da empresa aumenta muito e de forma rápida.
É importante dizer que, até mesmo para uma conduta ética; é preciso firmar parcerias pagas em dinheiro para o influenciador escolhido, posto que o marketing de influência é o trabalho desse profissional, que conquistou seu perfil a partir de muito esforço. Assim, na hora de negociar o valor, vale investir em maneiras de manter a parceria com troca monetária. No caso de pequenos empreendedores, um empréstimo pessoal para regular as contas e afins pode ser uma alternativa interessante.