Buscando cada vez mais antecipar tendências, as marcas têm apelado ao marketing preditivo, utilizando a inteligência artificial para coletar e ler milhares de dados de uma única vez, encontrando padrões de comportamento que podem ajudar a prever o próximo passo do cliente e o que de fato pode vir a ser uma compra. Mas isso substitui o olhar humano?
Enquanto as IAs estão lendo os dados de maneira literal, os humanos conseguem interpretar as nuances e compreender porque aqueles movimentos estão acontecendo de maneira mais assertiva, Para o Diretor de Inovação da Orbital, Vini Luiz, a IA tem revolucionado o marketing por conta da sua grande capacidade de ler dados e criar conexões cada vez mais personalizadas entre produto/serviço e clientes.
Em tempos de hype com inteligência artificial, o marketing preditivo está em alta, mas confiar apenas nos algoritmos pode ser um erro
“As IAs conseguem ler milhões de dados em minutos e encontrar conexões cada vez mais personalizadas, já que ela utiliza o próprio dado do usuário para criar abordagens altamente personalizadas. É ótimo para diminuir custos e tornar as ações ainda mais assertivas. O grande diferencial é que ela está sempre aprendendo e, por isso, sabe o momento ideal de acionar o cliente para uma conversão, tudo isso com base em padrões estatísticos”, analisa Luiz.

Entretanto, a imprevisibilidade dos seres humanos deve ser considerada. Um aumento repentino nas buscas por determinado produto, por exemplo, pode ser interpretado por um sistema como sinal de tendência de consumo. No entanto, um profissional atento pode identificar ali uma reação a um evento externo, como uma crise climática, uma campanha viral ou mesmo um episódio político.
Imponderável
Foi o que aconteceu durante a onda de calor de 2023, quando as buscas por ventiladores e ar-condicionado dispararam no Google. Para uma IA mal treinada, isso poderia parecer o início de uma tendência duradoura. Já um profissional humano saberia identificar o contexto climático como gatilho pontual de consumo.
Essa leitura contextual, ainda restrita às capacidades humanas, é o que evita interpretações equivocadas e ações precipitadas.
“Por mais sofisticadas que sejam, as máquinas ainda não substituem o olhar crítico e sensível dos profissionais humanos. Nós conseguimos diferenciar aquilo que é passageiro do que é duradouro e estruturar ações que vão buscar os resultados mais eficazes para o momento da marca. São complementares, mas não podemos simplesmente nos apoiar na IA, ela pode nos induzir a criar conteúdos sem tanta relevância por não conseguir contextualizar certas ações”, diz Luiz
O futuro e as IAs
O futuro do marketing preditivo, portanto, não está em escolher entre inteligência artificial ou inteligência humana, mas sim em integrá-las de forma estratégica. As IAs oferecem velocidade, precisão e uma capacidade quase infinita de processamento de dados, essenciais para lidar com a complexidade do comportamento do consumidor moderno. Já os humanos trazem o olhar analítico, a leitura de contexto, a criatividade e, sobretudo, a empatia, características que nenhuma máquina é capaz de reproduzir plenamente.
Essa colaboração cria um modelo de trabalho em que as IAs otimizam o que pode ser automatizado e os profissionais se dedicam ao que exige sensibilidade e tomada de decisão ética. Em vez de substituir, a IA potencializa o trabalho humano. O diretor afirma que quanto mais bem treinadas forem as máquinas com base em relacionamentos humanos claros, mais efetivas elas serão.
O caminho do marketing preditivo
“O marketing preditivo caminha, assim, para um formato híbrido e colaborativo. Um ambiente em que algoritmos mapeiam padrões e os humanos atribuem significado. Um cenário no qual marcas que souberem equilibrar tecnologia com autenticidade e contexto ganharão vantagem competitiva e, mais do que isso, construirão conexões reais com seus públicos. Afinal, prever o futuro do consumo é uma tarefa técnica, mas influenciar esse futuro continuará sendo uma missão essencialmente humana”, conclui Luiz.
Saiba mais sobre a Orbital
Unindo suas paixões por construir projetos, Vinicius e Wallace fundaram a Orbital em 2019 e definiram como o conceito principal da empresa a ideia de ajudar empreendedores a tirarem suas ideias do papel de maneira rápida, personalizada e acessível. Hoje, a Orbital é uma “all-in-one tech provider”, uma empresa de tecnologia disruptiva que está mudando o jogo no cenário tech levando inovação direto para as empresas de uma forma diferente, redesenhando o futuro e reinventando o convencional. Link
Fonte| Vini Luiz, cofundador da Orbital| orbital.company