Por *Leonard Wadewitz
Por que, até hoje, a tecnologia parece coisa de homens? É fato que nas salas de aulas dos cursos de engenharia e ciências da computação ainda predomina a presença masculina, assim como na liderança de empresas de TI. Uma pesquisa da CompTIA mostra que apenas 24% dos profissionais de tecnologia no mundo são mulheres, sendo só 8% em cargos de gerência.
Segundo dados do World Economic Forum, a participação das mulheres no mercado de trabalho em geral chegará perto a dos homens somente no ano de 2133. Ainda assim, começamos a nos acostumar a ver exemplos ao redor do mundo de mulheres que começam a desmistificar esse preceito e lideram grandes empresas. Contamos a história de algumas delas, de fora do país, em nossa ação Mulheres na TI, nas redes sociais da CompTIA Brasil, como Susan Wojcicki, CEO do YouTube, Virginia “Ginni” Rometty, CEO da IBM, Ursula Burns, CEO da Xerox. Já de exemplos nacionais, acabamos de divulgar a história de Regina Pistelli, CIO do grupo ABC:
“TI não é lugar só para homem, é para mulher também. Sou matemática, sou nerd, e nem por isso deixei de ser feminina. A área te dá muita independência e chance de realizar sonhos”, contou Regina, que foi CIO em diversas empresas, como Fleury e Cofap Magneti Marelli e, em 2015, criou o CIO Solidário, um grupo formado por executivos que levanta fundos para ações sociais, que já promoveu sete benfeitorias, com doação de alimentos, cadeiras de rodas e mantimentos para asilos, orfanatos e pessoas físicas.
Um dos caminhos para mudar esse quadro é a participação de comunidades dedicadas ao empoderamento feminino, como a Advancing Women In IT, rede de contatos de 10 mil pessoas que, além de ajudar na busca de carreiras de TI bem-sucedidas, incentiva mulheres a escolher a TI como carreira, e apoia empresas na criação de uma cultura que promova uma força de trabalho diversificada.
Ainda temos muitas barreiras até lograr nesse processo de desenvolver o público feminino no setor de TI, como melhorar o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal, um fator que, de acordo com o estudo do World Economic Forum, é o principal limitante no momento de atrair a mulher para o mercado.
Porém, ainda que a passos lentos, estou seguro de que chegaremos à igualdade de oportunidades nesse setor.
*Leonard Wadewitz é Diretor da CompTIA para a América Latina e Caribe
Sobre a CompTIA
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