O multimídia se faz presente nas artes e no marketing muito antes do que se pensa
O fenômeno do multimídia, que envolve a reprodução de peças midiáticas em diferentes formas de consumo, pode estar tomando forma cada vez mais predominante com o passar dos anos graças aos avanços tecnológicos. Entretanto, este fenômeno é mais antigo do que se pensa.
Basta considerar algumas das obras clássicas da cultura ocidental e a forma como elas foram reproduzidas.
Um dos grandes exemplos são as peças de teatro gregas, que formam a base da arte até os tempos atuais.
Enquanto as mesmas ainda são encenadas em palcos de universidades e em anfiteatros que lembram as arquiteturas da Grécia Antiga, peças como a história de Édipo, contada por Sófocles, são conhecidas pela “massa” graças à transformação de seus respectivos roteiros em livros.
Do outro lado
O inverso também ocorria nestes tempos distantes. No lado oriental, o exemplo mais claro é a obra As Mil e Uma Noites, compilando diversas histórias do Oriente Médio que são conectadas pelo rei Shahryar e sua mulher/contadora de histórias, Scheherazade.
Todo ano, milhares de peças que contam algumas destas tramas, se não todas elas, tomam palcos espalhados mundo afora.
Obviamente, houve sim uma mudança entre o multimídia antigo e “analógico”, e o nosso multimídia moderno e “virtual”.
A diferença entre um e outro está na forma de lançamento das mídias, em que a espera entre a disponibilidade da mesma entre plataformas diferentes é quase zero, uma vez que lançamentos simultâneos estão cada vez mais em voga nos últimos anos.
Plataformas de games
Vê-se isso em mundos como o dos cassinos.
Em plataformas como a da Betfair cassino online, jogos inspirados em filmes mais antigos, como Matrix, foram lançados depois de a obra alcançar grande sucesso em público e crítica.
Enquanto isso, lançamentos mais novos, como Terminator Genisys, tiveram lançamento quase simultâneo tanto do filme nas telas de cinema quanto do jogo de roleta em si.
Jogos multiplataforma
O multimídia também se vê como fenômeno dentro dos videogames por meio de jogos multiplataforma.
Em tempos de outrora, tinha-se a busca de jogos exclusivos para consoles diferentes que demandavam do consumidor a posse de diferentes plataformas para serem jogados – caso até mesmo entre os clássicos da série Final Fantasy e os jogos de corrida Forza.
Já em tempos atuais são pouquíssimos os jogos exclusivos para consoles como Xbox e Playstation, com a exclusividade hoje sendo tão-somente um tempo pré-definido onde o jogo estará disponível somente naquele videogame em específico.
Isso sem incluir a realidade virtual, que deve tornar comum o lançamento de jogos tanto em videogames tradicionais como também na tecnologia do momento.
O apelo do multimídia é bem fácil de explicar, uma vez que a base dele vem do princípio de expansão tanto de acesso quanto de potenciais fontes de receita.
Quanto mais plataformas tiverem a presença da mídia em questão, seja ela um filme blockbuster ou um videogame altamente antecipado, mais dinheiro poderá ser originado pelo mesmo.
O Japão com alguma vanguarda
Ao mesmo tempo, o multimídia serve também como propaganda.
O Japão foi um dos pioneiros nesse sentido, associando vários produtos, desde estrelas musicais até carros de produção em massa, entre si.
A prática é feita até hoje, e é copiada em outros países do planeta e também aqui no Brasil.
Logo, não se assuste quando vir um carro de uma grande marca de automóveis em um videogame ou em uma série de TV, ou até vice-versa.
Esses são tão-somente os planos das equipes de marketing dando certo.