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Mais de 1 milhão de malwares circularam pela Internet em 2010

por Agência Canal Veiculação

Falhas de segurança do servidor e da aplicação Web e o uso intenso das mídias sociais são os principais responsáveis por ataques. Mas, mesmo antes da Internet já havia as ações de hackers

No trabalho ou no entretenimento: não importa qual o motivo da utilização da Internet, ela é alvo da ação de hackers a todo o momento. Haja vista, em 2010 foram lançados mais de 1 milhão de malwares mundialmente, sendo que 78 mil foram criados especificamente para atuar no Brasil. Mas, mesmo antes dos usuários terem acesso à Internet, os computadores já eram invadidos.

Em 1982, foi reconhecido o primeiro vírus disseminado que infectava disquetes, o Elk Cloner. Naquele tempo, os hackers invadiam computadores motivados pelo poder de quebrar regras e alcançar desafios. Porém hoje, a atividade é mais audaciosa e praticada como meio de executar crimes, envolvendo roubo de informações de cartões de créditos e de senhas de banco, entre outros.

Segundo o diretor de marketing da AVG Brasil, Mariano Sumrell, esta atividade, denominada cibercrime, se utiliza de malwares como vírus, worms, cavalos de troia, entre outros, para atingir seus objetivos. Os hackers se valem das falhas de segurança do servidor e da aplicação Web para atuar. “Dentro deste cenário, a explosão do uso das redes sociais, somados ao grande volume de informações que ela disponibiliza, cooperaram para intensificar o cibercrime”, avalia Sumrell.

Como exemplo, em 2010 o YouTube foi vítima de um ataque que direcionavam os usuários a sites com cenas chocantes como violência e pornografia; no Twitter, os usuários foram contaminados por um script malicioso que afetava a interface do site impedindo o seu uso; enquanto no Orkut, uma falha foi usada para infectar mais 130 usuários que foram inscritos numa comunidade chamada “Infectados pelo Vírus do Orkut” e espalharam o “vírus” para os amigos.

Para Sumrell, o maior fluxo de interatividade das redes sociais é uma porta sujeita a ser invadida, já que muitas vezes os usuários não utilizam uma ferramenta adequada para auxiliar a proteção de seus dados. “A história da evolução dos malwares não para por aí. Estamos entrando fortemente na era da mobilidade, com aparelhos que oferecem os mesmos problemas de segurança que os desktops e servidores, visto que são verdadeiros computadores. Nesses dispositivos os usuários precisam ter os mesmos cuidados e utilizarem ferramentas específicas de proteção”, salienta o diretor.

Conheça a linha do tempo da evolução do vírus:

1982, foi reconhecido o primeiro vírus disseminado, o Elk Cloner, que infectava disquetes (boot sector) do Apple II. A cada 50 boots apresentava um poema:
Elk Cloner: The program with a personality
It will get on all your disks
It will infiltrate your chips
Yes it´s Cloner!
It will stick to you like glue
It will modify RAM too
Send in the Cloner!
1983, foi documentado o primeiro vírus de laboratório e cunhado o termo “Vírus de computador”.
1986, vieram os primeiros vírus de PC: Brain, ping-pong. Eram vírus de boot sector.
1987, chegaram os primeiros vírus de arquivos.
1988, Robert Morris lançou o primeiro “worm” da Internet, derrubando seis mil máquinas por 36 horas.
1995, foi reconhecido o primeiro vírus de macro.
1999, surgiu o Mass mailing worms (Melissa, I Love You, MyDoom).
2001, surgiram os Bots and worms (Code Red, Nimda). O Code Red contaminou 350 mil servidores em 12 horas.
2004, iniciaram-se os ataques via Web, principalmente pelo Windows XP SP2, com o firewall ligado por default; e pelas portas Web (80 e 443), sempre abertas.
2006, o vírus Virut infectava, entre outros, os executáveis (arquivos.exe), disseminado via Peer-to-Peer (P2P), como eMule, Limewire, etc.)
2008, o Conficker, conhecido como Downup, Downadup e Kido, é o primeiro vírus de computador que tem a capacidade de se atualizar.
Início de 2009, o Downadup havia infectado mais de 3,5 milhões de PCs.
2010, o destaque foi os ataques às redes sociais.

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