O Amazonas tem potencial para aumentar o número de pessoas entre 18 e 70 anos no Cadastro Positivo a partir da integração do setor de saneamento ao programa, uma vez que a abrangência do segmento é estratégica para expandir os benefícios do crédito aos clientes das concessionárias e aos municípios atendidos. Atualmente cerca de 70% da população economicamente ativa do estado está na base de dados.
Após o êxito na inclusão dos dados recebidos das instituições financeiras, telecomunicações e concessionárias de energia elétrica, o setor de saneamento, que corresponde à quarta etapa da iniciativa, pode acrescentar aproximadamente 50 milhões de registros ao Cadastro Positivo em todo o país, de acordo com dados da Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC).
Para ampliar o engajamento das empresas de saneamento e promover a conformidade à lei do Cadastro Positivo (Lei 12.414 com alterações da Lei Complementar 166, DE 8/04/2019), a ANBC, entidade que representa os birôs de crédito gestores do cadastro, concentra esforços em uma série de ações junto às concessionárias, associações e governos para esclarecer sobre o programa e seus benefícios. Como parte dessa agenda, Elias Sfeir, presidente da entidade, encontra-se nesta sexta-feira, dia 2, com o governador do estado do Amazonas, Wilson Miranda Lima.
Com o objetivo de auxiliar na avaliação de risco na concessão de crédito por meio de informações positivas, o Cadastro Positivo permite que credores tenham uma visão mais detalhada do histórico de pagamentos daqueles que solicitam crédito – sejam eles individuais ou corporativos – possibilitando a oferta de condições de crédito mais adequadas a cada perfil.
“Dada a sua ampla abrangência e capilaridade, a integração do setor de saneamento tem potencial para ampliar o acesso ao crédito, diminuir a inadimplência e promover a inclusão financeira de pessoas e empresas. Além disso, o movimento tende a alavancar a economia local, o desenvolvimento regional e o bem-estar social”, afirma Sfeir. Segundo o executivo, para as empresas, os ganhos socioeconômicos da adesão ao Cadastro Positivo podem, entre outros benefícios, melhorar a avaliação do indicador social da nota ESG, gerado pelas principais agências de risco do mundo.