Home Artigos A postura do empresariado brasileiro frente à desaceleração econômica

A postura do empresariado brasileiro frente à desaceleração econômica

por Agência Canal Veiculação

Não é novidade que, por ser muito dependente da exportação de commodities, o Brasil fica à mercê das oscilações econômicas mundiais e da queda de cotações das principais mercadorias de exportação. Os sinais de redução do crescimento da economia mundial são claros e o Brasil acompanha essa desaceleração: em vez de 3,1%, o país teve sua projeção de crescimento reduzida para 2,5% pelo FMI.

Os reflexos da crise recaem incisivamente sobre o saldo comercial e a redução das transações comerciais com o exterior, já que a Europa está importando menos e a China, nosso principal parceiro comercial, apresenta uma queda brusca em relação ao ritmo de crescimento dos anos anteriores. Assim, a participação dos produtos básicos – onde está incluída a maioria das commodities – na exportação brasileira, representada por 47,8% nas exportações do ano passado, deve cair para 45,6%, de acordo com estimativa divulgada em julho pela AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil). A previsão também mostra que o Brasil irá exportar US$ 10 bilhões a menos de minério de ferro, nosso principal produto de exportação, enquanto o saldo comercial será 73% menor.
Com 70% das exportações concentradas nas commodities, os números acima evidenciam não apenas um estado de alerta para as grandes empresas do setor, mas a urgência em encontrar soluções a curto e médio prazo que possam
reverter, ou ao menos minimizar, os impactos da desaceleração da economia da China e a crise na zona do euro.

Diante desse cenário de incertezas, restam dois caminhos ao empresariado brasileiro: esperar por mais um pacote de medidas em âmbito nacional e global ou buscar soluções eficazes que ajudem a minimizar os efeitos da desaceleração econômica. A primeira implica aguardar para ver mais um programa surtir poucos efeitos, enquanto a segunda exige a adoção por parte das grandes companhias de uma nova postura frente aos desafios: encontrar a melhor forma de lidar com os processos que constituem o planejamento de cadeia produtiva e logística, tornando-os mais eficientes e rentáveis.

Nesse contexto, o apoio da Tecnologia no planejamento da cadeia produtiva e de logística torna-se fundamental para se ter uma visão crítica das operações, trabalhar com incertezas e tomar as melhores decisões. O suporte de técnicas e ferramentas analíticas na busca por informações e dados capazes de fornecer subsídios para a elaboração de estratégias decisivas torna possível a visualização das operações como um todo, viabilizando ao máximo o aproveitamento do potencial dos recursos envolvidos nas diferentes etapas das atividades de produção e logística dos diversos setores industriais, como siderurgia, energia e mineração.

Enxergar a melhor maneira de transportar a carga entre os portos, saber qual demanda é mais lucrativa atender e conseguir equilibrar a capacidade de produção com a limitação dos estoques e com o alto custo de armazenamento
podem representar benefícios extremamente significativos para as empresas, desencadeando impactos diretos em ganhos de produtividade, redução dos custos e velocidade de respostas ao mercado. E já que estamos iniciando o
último semestre do ano, este pode ser o momento ideal para rever estratégias e redefinir planejamentos de operações a fim de transformar em vantagem competitiva a capacidade de lidar com os gargalos do setor e enfrentar o desaquecimento da economia, fazendo do limão uma limonada.

E para adoçar essa limonada, uma pitada generosa de coragem. Sim, é o que está faltando aos líderes brasileiros. Está na hora dos decisores das grandes empresas do país terem coragem para investir em planejamento, em tecnologia e em soluções que deem resultados mais imediatos e contribuam para o aumento da competitividade e para o fortalecimento de suas companhias no mercado. Ou nos preparamos para enfrentar os tempos de “vacas magras” que estão por vir ou continuamos aguardando a próxima, e sem grandes novidades, política econômica, enquanto assistimos ao encolhimento das taxas de crescimento – sabe-se lá por quanto mais tempo.

 

 

 

Mais informações – BRSA – branding and sales

Colaboração *Por Oscar Porto, Diretor de Negócios da Gapso

Você também pode gostar

Deixe um Comentário

Ao navegar neste site, você aceita os cookies que usamos para melhorar sua experiência. Aceito Mais informações