Nova rede social, Artifact promete superar o TikTok, coloca privacidade e conexão humana em primeiro lugar
Segundo a especialista em mídias sociais Rejane Toigo, a Artifact pode ser uma grande oportunidade para estrategistas digitais, mas ainda é preciso compreender melhor como funcionará a plataforma e como evoluirá em termos de seguidores nos próximos meses
Algumas pessoas talvez tenham problemas em imaginar como eram suas vidas antes do advento da internet e das redes sociais. Essa dificuldade se deve ao fato de que essas invenções revolucionaram a forma como nos comunicamos, interagimos e consumimos conteúdo, serviços e produtos.
O certo é que foi estabelecida uma conexão forte, quase indestrutível, entre usuário e esse tipo de tecnologia. Não à toa, a fim de “surfar nessa onda”, oferecendo novas experiências e possibilidades para conquistar o público, novas redes sociais surgem a cada dia. A mais recente delas é a Artifact, que ainda está em fase de testes, mas já gera um grande interesse.
De acordo com a produtora de conteúdo, especialista em mídias sociais e fundadora da Like Marketing, Rejane Toigo, a nova rede tem como seu grande diferencial colocar a privacidade e a conexão humana em primeiro lugar. “A plataforma promete se concentrar em comunidades locais e na curadoria humana, promovendo autenticidade e confiança, enquanto combate a desinformação e os discursos de ódio”, explica. A grande meta da Artifact é rivalizar com a rede social da “moda” TikTok.
“Por conta das facilidades que promete oferecer, há quem projete que a Artifact possa vir mesmo a se tornar uma das principais plataformas de criação de conteúdo e interação social do mundo, superando inclusive o Tik Tok”, comenta Rejane. Conforme a especialista em mídias sociais, isso pode representar uma grande oportunidade para estrategistas digitais que desejam aproveitar a nova tendência. “Mas para isso é preciso ainda compreender melhor como será esta plataforma e de que maneira ela evoluirá em termos de seguidores nos próximos meses”, destaca.
Articles + Facts formam o nome Artifact
Junção de duas palavras, articles (artigos, em português) e facts (fatos, em português), a rede social Artifact funcionará de maneira simples e intuitiva, segundo Rejane. “Ao criar uma conta, o usuário é convidado a escolher suas áreas de interesse, como moda, música, tecnologia e esportes. A partir daí, ele é apresentado a outros usuários que compartilham dos mesmos interesses e pode seguir perfis de pessoas e de marcas que considera relevantes”, explica.
Segundo Rejane, o serviço de compartilhamento de conteúdo proposto pelo Artifact quer se diferenciar das concorrentes pela qualidade das informações divididas. “Para isso, a rede social possui uma ferramenta de curadoria, que seleciona os melhores posts e os destaca na timeline dos usuários”, comenta. Além disso, destaca a especialista em mídias sociais, a plataforma conta com uma equipe de curadores profissionais que ajuda a garantir que somente conteúdo relevante e interessante seja compartilhado nela.
Contribui para o objetivo de garantir que os usuários sejam apresentados apenas a conteúdos de qualidade, o serviço de curadoria de notícias, que basicamente seleciona, baseada na leitura cotidiana do usuário, as notícias mais relevantes para ele. “De acordo com os desenvolvedores, a pessoa precisa ler pelo menos 25 artigos para que o aplicativo personalize seu feed. Durante a integração, o usuário toca nos interesses de notícias que deseja rastrear para personalizar inicialmente a experiência”, explica Rejane.
Ainda em testes
Já com o objetivo de estimular a interação entre os usuários, o Artifact possibilita a criação de grupos de discussão, onde seus integrantes podem trocar opiniões e insights sobre seus temas de interesse. “Para manter um ambiente seguro e livre de conteúdo inadequado, os grupos são moderados por uma equipe da plataforma criada especialmente para isso”, destaca a produtora de conteúdo.
Mas, para a especialista em mídias sociais, a grande atratividade da nova rede social no sentido de estabelecer conexões e favorecer a interação entre seus usuários é o seu enfoque na criação de comunidades locais. Rejane explica que o Artifact permite a seus usuários conectar-se com pessoas de sua vizinhança e descobrir eventos e atividades que acontecem próximas ao local onde mora. “Com isso, a plataforma pretende promover a conexão humana no mundo real e evitar a propagação de notícias falsas e desinformação que muitas vezes são compartilhadas amplamente em outras redes sociais”, diz
Privacidade como ponto relevante
No que diz respeito a estratégias para manter a privacidade do usuário, a principal delas está ligada à maneira como a plataforma pretende obter lucrar financeiramente com o negócio. Segundo Rejane, no sentido de obter recursos financeiros, a Artifact não venderá dados de usuários para anunciantes ou utilizará anúncios segmentados, mas buscará outras fontes, como vendas diretas de produtos.
A especialista em mídias sociais explica que, entre os meios que a ferramenta disponibilizará para concretizar suas metas ambiciosas, assim que deixar a fase de testes, está a possibilidade de o usuário rejeitar artigos ou ocultar o criador, salvar artigos para ler mais tarde, compartilhar artigos por meio dos recursos de compartilhamento integrados do iOS ou do Android, relatar conteúdo, visualizar seu histórico de leitura e ler artigos em modo de leitura limpo.
Conforme Rejane, entretanto, no futuro, mais recursos serão disponibilizados à plataforma visando tornar a experiência do usuário mais rica e completa, principalmente no quesito privacidade. Entre os quais: controles de comentários, feeds separados para artigos postados por pessoas que você segue junto com seus comentários e uma caixa de entrada de mensagens diretas para discutir postagens com mais privacidade.
Não obstante a Artifact ser promissora, a especialista em mídias sociais reitera que ainda é muito cedo para saber se a nova rede social será um grande sucesso, a ponto de superar o “TikTok”, por exemplo.
“É difícil prever o comportamento do usuário frente a uma nova rede social”, diz. Para Rejane, somente quanto a Artifact estiver estabelecida, quando as pessoas começarem a interagir de fato com as ferramentas disponibilizadas por ela, será possível medir a adesão ao formato.