ABB publica white paper sobre moinhos de minério
A ABB divulgou um white paper que analisa o impacto ambiental dos moinhos de minério sem engrenagens conhecidos como GMDs em relação aos RMDs, que são modelos dotados de engrenagens e coroa de pinhão.
A partir do estudo de sua base instalada, com mais de 160 moinhos dos dois modelos em todo o mundo, a ABB constatou que os equipamentos sem engrenagens apresentam eficiência energética 3,6% maior em relação aos modelos de coroa de pinhão.
White paper “documento” reforça vantagem ambiental dos equipamentos sem engrenagens (GMDs) sobre modelos de coroa de pinhão (RMDs) na mitigação de emissões de CO2
Essa diferença significa que um único GMDs emite menos 195 mil toneladas de CO2 em relação a um RMD ao longo de um ano, volume equivalente à retirada de 89 mil carros de circulação. Mesmo nos GMDs mais antigos, com eficiência medida apenas 2% superior, a redução chegaria a 106 mil toneladas de CO2, ou 46 mil veículos a menos nas ruas.
Metais visando transição energética
O estudo foi realizado para chamar a atenção do setor mineiro para a importância da priorização nos próximos investimentos do setor de tecnologias que permitam ampliar a produção de metais essenciais à transição energética sem agravar o atual quadro climático com novas emissões.
No caso do cobre, a demanda deve dobrar até 2050 e já se projeta déficit na demanda até 2030, que não poderá ser atendido pelas extrações do metal atualmente em operação, nem pelas minerações anunciadas como projeto até o momento.
“A única forma de produzir mais minerais críticos como o cobre minimizando o impacto ambiental da extração é utilizando GMDs”, afirmou no texto Wilson Monteiro, diretor global para negócios relacionados a moinhos sem engrenagens da ABB.
Metal recuperável
O white paper lembra ainda que a taxa de metal recuperável (grade) da maioria das minas de cobre, antes oscilando em torno de 1%, hoje está ao redor de 0,5% nas principais extrações em operação.
Esse cenário, afirma o documento, reforça a importância das tecnologias de moagem para garantir a recuperação máxima possível de metal presente no minério.
“Os GMDs têm provado seu valor há mais de 50 anos e comprovado seu desempenho ambiental em operações de moagem confiáveis e amigáveis ao meio ambiente”, concluiu.