As tecnologias avançam rapidamente e a inovação tecnológica traz facilidades para nosso dia a dia
Indústria 4.0, automação, blockchain, cloud computing, Internet das Coisas… Todos esses termos dizem respeito à mesma coisa: inovação tecnológica. O avanço na descoberta de novas tecnologias, bem como o aprimoramento de antigas, têm apontado na direção de uma verdadeira revolução na produção e também na maneira com que lidamos com os objetos e até mesmo com nós mesmos como sociedade.
É bastante evidente que a velocidade das transformações muda até mesmo a percepção de tempo. O encurtamento das distâncias, através da produção e distribuição de bens de forma globalizada e da internet rápida na palma da mão, faz parecer que há uma demanda urgente para quase qualquer coisa. Este é um sinal da mudança no paradigma da tecnologia, que traz vantagens e desvantagens.
Tecnologia na ponta dos dedos
Entre as vantagens trazidas pelos avanços tecnológicos, deve ser ressaltada a democratização no acesso a informações, bens e serviços. Parece estranho imaginar que, na década de 2010, os smartphones ainda não chegavam a boa parte da população. Já na virada da década, em 2020, um estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas já indicava que no Brasil havia mais de 230 milhões de aparelhos em circulação, o equivalente a 1 aparelho por habitante.
Acelerada pela pandemia, a migração massificada para os meios digitais potencializou o uso de aparelhos de smartphone para usos dos mais diversos: educação a distância, alimentação, trabalho, bancos digitais, lazer e cultura, informação, interações pessoais, além do boom de redes sociais, que acabaram por aglutinar vários desses tópicos. Todo esse acesso permite que praticamente qualquer pessoa tenha diversos serviços a poucos toques, trazendo praticidade para suas vidas, retirando barreiras e encurtando distâncias.
Indústria como laboratório da inovação tecnológica
Mas nem só de smartphones é feito o avanço tecnológico. Para que se concretizasse, um longo caminho foi percorrido pela indústria até aportar na produção 4.0. A produção automatizada permitiu grandes avanços, principalmente no que diz respeito à segurança no trabalho, substituindo mão de obra humana em serviços perigosos ou pesados; no uso de matéria-prima, ao produzir de maneira mais precisa, reduzindo o desperdício; e na tecnologia, exportando das linhas de produção os avanços postos em prática e que deram resultados positivos, chegando às mãos do consumidor na forma de produtos de ponta.
Dos robôs, basta um pulo para chegar aos modernos drones e equipamentos autônomos. Contando com uma espécie de inteligência, guardadas as devidas proporções, aparelhos já possuem a capacidade de trafegar sozinhos por rotas, alimentar linhas de produção, transportar cargas e demais objetos, entre outras façanhas. Até mesmo caminhões autônomos já podem ser vistos nas rodovias de países como China e Estados Unidos implementando uma revolução na área da logística, através do uso de GPS e Machine Learning.
Máquinas aprendizes
É através da interatividade entre humanos e inteligências artificiais que chegamos ao ponto que mais nos aproxima das ficções científicas. Hoje, as máquinas são capazes de aprender conosco e tendem a alcançar o nosso potencial de raciocínio e resolução de problemas. Isso porque hoje são dotadas de programações versáteis que dialogam com nossas interações, permitindo que aprendam padrões e os reproduzam – ou até mesmo criem coisas novas em cima deles.
A capacidade de processamento de informações é algo já bastante presente em nosso cotidiano. Os algoritmos estão presentes em aplicativos e sites, por exemplo. A recomendação de filmes feita pelas plataformas de streaming e o reconhecimento de fala do Google, entre outros assistentes virtuais, são tipos de inteligência artificial postos em prática. A inteligência artificial pode entender padrões nas entradas dos usuários e trabalhar em cima deles. Para além disso, pode aprender sozinha com base nestes dados e praticamente se “autoprogramar”.
Informações nas nuvens
Para tornar viável a manipulação dessa imensa quantidade de dados, temos a computação em nuvem. Sem depender de espaço físico como outrora foi com antigos discos rígidos, a cloud computing permite que servidores possam ser acessados remotamente, diretamente em seus provedores. A informação fica armazenada em uma estrutura virtual e de maneira segura. Essa inovação torna possível o acesso à informação de maneira muito dinâmica e rápida e praticamente de qualquer lugar.
Com tanta tecnologia, o real e o virtual, às vezes, até se confundem. A realidade aumentada é prova disso. Já é possível até mesmo provar roupas sem ao menos tocá-las! É o que fez a Gucci ao lançar um tênis virtual. A marca disponibilizou um calçado que poderia ser usado dentro dos games Roblox e VR Chat, a partir do conceito de realidade aumentada. Diversas empresas entraram na onda e transformaram seus provadores em aplicativos que mostram ao usuário como as peças vestiriam, tudo através da câmera do celular.
A realidade aumentada permitiu o advento do metaverso, uma realidade virtual disposta dentro de um universo digital pautado em uma imersividade bastante aprimorada, por meio de avatares que interagem, conversam e até mesmo trabalham neste mundo totalmente 3D. Ainda em fase de maiores desenvolvimentos, tem Mark Zuckerberg como um dos grandes entusiastas.
Dinheiro e tecnologia
Ao falar em tecnologia, não é possível deixar as transações comerciais e o dinheiro de fora. A grande aposta dos grandes bancos e investidores é o blockchain. A tecnologia que permite um grande nível de segurança baseado em uma forte criptografia é a grande responsável pela existência da principal moeda virtual, ou criptomoeda, o Bitcoin. O blockchain dispensa a participação de validações de autoridades maiores, descentralizando as transações, ao mesmo tempo que traz segurança e agilidade.
Mas é possível desfrutar também das facilidades trazidas pela inovação tecnológica mesmo sem ser um grande player do mercado. Pagamentos por meio de reconhecimento facial e biometria, chaves Pix e bancos digitais na palma das mãos são formas de participar da desburocratização, hoje representada nas figuras das fintechs. Elas provaram que é possível abrir uma conta digital de maneira muito fácil e segura em qualquer smartphone. Lideranças de grandes bancos entendem esse movimento e procuram então investir pesado em tecnologia. Pesquisa da Federação Brasileira de Bancos mostrou que houve um acréscimo de 30% em investimentos em tecnologia entre 2020 e 2021, em um total de mais de R$ 30 bilhões. E a velocidade é tamanha que qualquer piscada pode ser suficiente para deixar alguma novidade passar
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