Imagine assistir um filme em alta resolução na tela do computador com uma velocidade de 1,25 Gigabits (Gbps) por segundo — cerca de 40 vezes mais rápida do que a acessada atualmente pelos usuários de fibra óptica. Esse é o desafio do CPqD: oferecer acesso em banda larga a velocidades cada vez mais altas para um número de usuários que não para de crescer.
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O desafio do CPqD é oferecer acesso em banda larga a velocidades cada vez mais altas para um número de usuários que não para de crescer
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Até junho deste ano, de acordo com o gerente de Sistemas Ópticos do CPqD, Alberto Paradisi, o número de usuários de serviços de banda larga no mundo era de 540 milhões. Deste total, 61 milhões são atendidos por fibra óptica. “Oferecer velocidade cada vez mais rápida a esse público tem sido um desafio para as operadoras e, principalmente, para as organizações que desenvolvem tecnologia na área de telecomunicações. Nós estamos investindo na evolução das redes ópticas de acesso a serviços e aplicações de banda larga”.
Segundo ele, atualmente, as redes desse tipo, baseada na tecnologia Gigabit PON (Passive Optical Network, ou rede óptica passiva) permitem oferecer velocidades individuais de acesso entre 10 a 30 Mbps por segundo. Com a nova geração de redes ópticas de acesso de arquitetura PON (Next Generation PON ou NG-PON), que está sendo desenvolvida no CPqD, já é possível oferecer conexões de 1,25 Gbps por segundo.
“Hoje conseguimos atender até 40 usuários ao mesmo tempo com essa velocidade, mas podemos chegar até 80 usuários simultâneos em uma única rede”, afirmou. Além do aumento na velocidade e no número de usuários, a tecnologia pretende aumentar a distância entre o usuário e a central da operadora. De acordo com o gerente, hoje, a distância é de 20 quilômetros, mas o projeto do CPqD pretende chegar para mais de 40 quilômetros.
Segundo Paradisi, a aplicabilidade do projeto das redes ópticas conhecidas como FTTH (do inglês, fiber to the home) — pois levam a fibra óptica até a casa ou escritório do usuário — pode custar dez vezes mais do que alguns serviços que já utilizam fibras ópticas da geração anterior. “A tecnologia está desenvolvida, o que esperamos é um interesse do mercado e acredito que é natural que essa ocasião chegue. É uma questão de tempo e de amadurecimento e esse momento vai acontecer.” Sua expectativa é que daqui um ano essa tecnologia estará disponível.